quinta-feira, setembro 19, 2024
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Novo tipo de câmera pode desvendar mistérios das auroras boreais

Algo que não falta na internet são fotos de auroras boreais, tiradas com todo tipo de equipamento que você possa imaginar. Mas não existiam imagens hiperespectrais deste espetáculo da natureza. Até agora.

Talvez duas perguntas tenham passado pela sua mente agora. A primeira: “imagem hiper o quê?”. A outra: “ok, mas e daí?”. Vamos por partes, então.

Para começar, imagem hiperespectral é uma imagem bidimensional dividida por comprimento de onda (ou cor). No caso das auroras boreais, esse tipo de imagem abre caminho para pesquisas sobre este fenômeno num nível inédito. É como se revelasse uma camada dele ao juntar todas que o compõem.

Em suma, imagens hiperespectrais de auroras boreais podem compor uma espécie de foto muito detalhada da composição da atmosfera da Terra. E ajudar a desvendar mistérios sobre o próprio fenômeno.

Imagens hiperespectrais de auroras boreais ajudarão a entender fenômeno (e a atmosfera)

O Instituto Nacional de Ciência da Fusão do Japão (NIFS) instalou a Câmera Hiperspectral (HySCAI) no Centro Espacial de Kiruna da Suécia, no Local da Plataforma Óptica Esrange de Kiruna (KEOPS), na Suécia. E ela capturou as primeiras imagens hiperespectrais da aurora boreal.

Imagem hiperespectral de aurora boreal mostra emissões de elementos e moléculas (Imagem: M. Yoshinuma, et al, Springer Open)

Por meio delas, pesquisadores podem medir a energia dos elétrons que chegam e que causam a aurora boreal, fazendo com que cores específicas iluminem o céu noturno.

Outras formas de imagem do fenômeno são filtradas por comprimento de onda, mas não produzem uma visão geral tão abrangente. Com o HySCAI, os pesquisadores esperam “[resolver] questões importantes, como a distribuição de elétrons precipitantes, sua relação com a cor e o mecanismo de emissão”, diz comunicado.

Visão do espaço de uma aurora boreal
Pesquisadores esperam que novo tipo de câmera ajude a entender ‘questões importantes’ sobre auroras boreais (Imagem: muratart/Shutterstock)

Para criar o HySCAI, os pesquisadores do NIFS utilizaram tecnologia desenvolvida para o Dispositivo Helicoidal Grande (LHD), o maior dispositivo de plasma supercondutor do mundo, localizado em seu laboratório em Toki, Gifu, no Japão.

Na construção do LHD, a equipe desenvolveu vários sistemas de imagem para observar luz emitida de plasma num campo magnético. O objetivo era estudar o transporte de energia e a emissão atômica e molecular.

Via Olhar Digital

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