O número de brasileiros e familiares a serem repatriados da Faixa de Gaza deve ficar abaixo dos 86 nomes já enviados pelos Itamaraty para as autoridades de Israel e Egito, estimam diplomatas que acompanham o processo.
A segunda lista tem características diferentes das primeiras 32 pessoas repatriadas. Na primeira relação, a maioria das pessoas tinham um vínculo maior com o Brasil, estavam em Gaza a passeio ou tinha voltado recentemente. Já nesta nova leva a maioria tem residência estabelecida em Gaza há mais tempo, o que poderia fazer com que as pessoas desistam de última hora.
Outro ponto é que a nova relação de pedidos de saída de Gaza pela passagem de Rafah é formada, em maior parte, por palestinos, parentes de brasileiros. Além de desistirem, ainda há a possibilidade de serem vetados por Israel e Egito.
Nesta segunda lista, o Brasil ampliou os critérios para pedir a repatriação e incluiu avós e irmãos. Na primeira relação, foram incluídos pedidos de pais, filhos e cônjuges. Ainda não se sabe se Israel e Egito aceitarão os critérios.
Segundo a CNN apurou, muitas pessoas que se inscreveram para deixar Gaza perderam o contato com a Representação do Brasil junto à Palestina. Os telefones e outros contatos disponíveis já não dão retorno aos diplomatas.
Na semana passada, os critérios da segunda lista foram discutidos entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, é preciso que Israel e Egito aceitem os mesmos parâmetros para retirar parentes e brasileiros de Gaza.
Ao receber os repatriados na segunda-feira (13), na Base Aérea de Brasília, Lula recebeu os apelos de brasileiros para que trouxessem familiares de Gaza. Na ocasião, o presidente prometeu esforço.
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