Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, desenvolveram um método inovador de produção de cimento que reduz as emissões de CO₂ em 98% em comparação com os métodos tradicionais.
Chamado ZeroCAL, esse processo evita a decomposição do calcário, a principal matéria-prima do cimento, que normalmente libera dióxido de carbono.
O ZeroCAL funciona dissolvendo o calcário em uma solução aquosa com um ácido comum, separando o cálcio por meio de nanofiltração e, em seguida, realizando um processo eletroquímico para produzir hidróxido de cálcio, um precursor livre de carbono.
Essa abordagem não só minimiza as emissões da produção de cal, como também gera hidrogênio e oxigênio limpos para aquecer os fornos de cimento, permitindo a descarbonização sem a necessidade de novas instalações de captura de carbono.
Consumo de energia e água ainda precisa ser repensado
- Apesar dos avanços, o ZeroCAL ainda consome mais energia e água do que os métodos tradicionais.
- A equipe está trabalhando em melhorias para tornar o processo mais eficiente.
- Além disso, uma planta de demonstração está sendo construída em colaboração com a Ultratech Cement, um dos maiores fabricantes de cimento da Índia.
A produção de cimento é responsável por 8% das emissões globais de CO₂, e o ZeroCAL representa um passo significativo em direção a alternativas mais sustentáveis. No entanto, os desafios incluem custos elevados e o consumo de energia.
Outras iniciativas, como o “cimento reativado” da Universidade de Cambridge e soluções da Sublime Systems, também buscam redefinir a produção de cimento com foco em práticas mais ecológicas. Um artigo sobre o ZeroCAL foi publicado no periódico Sustainable Chemistry and Engineering.