sábado, novembro 23, 2024
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Novo líder de Taiwan pede à China fim de ameaças intimidação

Durante seu discurso de posse nesta segunda-feira, 20, em Taipé, o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, apelou à China para que pare com a intimidação verbal e militar contra a ilha. O líder comprometeu-se a manter o status quo, prometeu não ceder nem provocar, e se autodenominou “o timoneiro da paz”.

O presidente expressou o desejo de que Pequim adote ações efetivas para a reconciliação, o que inclui a retomada dos intercâmbios turísticos e estudantis. Para ele, essa é uma forma de buscar uma “coexistência pacífica”. Embora não tenha mencionado especificamente a expansão comercial, Lai enfatizou a prosperidade que a paz traria.

Relações com a China

As relações entre Taiwan e China se deterioraram nos últimos oito anos sob a administração de Tsai Ing-wen, com Lai como seu vice. Ambos são membros do Partido Democrático Progressista (PDP). O novo presidente tem uma postura historicamente inclinada à independência da ilha, o que levou Pequim a rotulá-lo como “encrenqueiro”.

Em seu discurso, Lai declarou que “a República da China [nome oficial de Taiwan] e a República Popular da China não são subordinadas uma à outra”. Ele também ressaltou que, com o apoio internacional que possui, “Taiwan é um país que pertence ao mundo”.

Posição de Pequim

Pequim vê a China continental e Taiwan como partes integrantes de uma única China. Até o final da tarde do dia da posse, horário local, Pequim não havia comentado sobre a cerimônia. Contudo, o Ministério do Comércio da China classificou três empresas americanas, incluindo a Boeing Defence, como “não confiáveis” devido à venda de armas para Taiwan.

Além disso, o ministério chinês de Segurança expressou, através de uma nota no WeChat, críticas aos esforços de Taipé e dos Estados Unidos para minar o princípio de uma só China.

Apoio internacional

A cerimônia de posse de Lai teve a presença de representantes americanos de administrações anteriores. O secretário de Estado, Antony Blinken, emitiu uma declaração na qual se dispôs a “trabalhar com o presidente Lai e com todo o espectro político de Taiwan para aprofundar nossa longa relação não oficial e manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”.

Via Revista Oeste

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