quinta-feira, dezembro 26, 2024
InícioDestaqueNovo líder da Síria firma acordo com rebeldes e os coloca no...

Novo líder da Síria firma acordo com rebeldes e os coloca no Ministério da Defesa

O novo líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou um acordo com ex-facções rebeldes e decidiu integrá-las ao Ministério da Defesa. Essa decisão visa a consolidar os grupos armados que lutaram contra o regime de Bashar al-Assad, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, 24.

Mohammed al-Bashir, primeiro-ministro interino, havia antecipado que o ministério passaria por uma reestruturação, incluindo ex-facções rebeldes e militares desertores. Murhaf Abu Qasra, figura proeminente na insurgência contra Assad, foi nomeado ministro da Defesa. Isso marca uma nova fase na administração de segurança no país.

Al Sharaa enfatizou que um dos principais objetivos é impedir a circulação de armas fora do controle estatal. A ideia é aplicar essa política nas regiões onde as Forças Democráticas Sírias, predominantemente curdas, operam — especialmente no nordeste do país.

Imagens da agência Sana mostraram al-Sharaa reunido com líderes de várias facções armadas. No entanto, representantes das forças curdas não estavam presentes, o que indica desafios na inclusão de todos os grupos.

A complexa composição étnica e religiosa da Síria, que inclui curdos, xiitas, cristãos ortodoxos e drusos, enfrentou temores sobre um futuro governo sunita islâmico.

Ditador deposto na Síria, Bashar al-Assad
Ditador deposto na Síria, Bashar al-Assad | Foto: Divulgação/Kremlin

O que diz o novo líder da Síria

Al Sharaa assegurou a representantes ocidentais que a organização HTS, liderada por ele, “não buscará vingança contra o antigo regime nem reprimirá qualquer minoria religiosa”. Essa declaração visa a tranquilizar as minorias sobre seu papel na nova estrutura de poder.

Os militantes liderados pela HTS capturaram Damasco em 8 de dezembro, o que forçou Assad a fugir e encerrar mais de 13 anos de guerra civil e o longo domínio da família Assad.

Depois de sua saída, Assad viajou para Moscou, onde recebeu asilo do governo russo. Ele afirmou que sua retirada não foi planejada e que Damasco havia caído “nas mãos de terroristas”.

A Rússia, principal aliada internacional de Assad desde o começo do conflito em 2011, continua a negar que a queda do regime sírio represente uma derrota. O presidente Vladimir Putin acredita que o apoio russo não foi em vão, apesar das mudanças políticas na Síria.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui