sábado, maio 31, 2025
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Novo IOF gera alta de até 39% no custo do capital de giro

Empresas varejistas alertam para o aumento significativo no custo do capital de giro em razão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que pode chegar a 39%. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) encaminhou ofício nesta quinta-feira, 29, ao Congresso, no qual solicitou apoio para tentar reverter a medida.

O IDV, que representa 72 empresas do setor, argumenta que a elevação do IOF pode provocar aumento nos preços dos produtos, pressionar a inflação e gerar risco de retração na atividade econômica e no emprego. Conforme cálculos do instituto, o custo das operações pode variar entre 14,5% e 38,8%.

Impacto do IOF no funcionamento do varejo

Nota do IDV enviada ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
Nota do IDV enviada ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB)

Segundo o grupo, a ampliação da cobrança do IOF dificulta operações essenciais para o funcionamento do varejo. Entre elas, o risco sacado e forfait, práticas em que as empresas antecipam recebíveis para manter o caixa. Essas operações, até então, contavam com alíquotas zero ou reduzidas, mas agora podem atingir até 3,95%.

O IDV ainda argumentou que o imposto passa a incidir também sobre fornecedores que recorrem ao forfait para antecipar capital de giro e manter a produção. O impacto, conforme o instituto, será ainda maior para pequenas e médias empresas, que dependem dessas operações para garantir o fluxo de produção e vendas.

Conforme projeções, a combinação do novo IOF com a taxa de juros (Selic) pode elevar o custo total da operação a quase 19% ao ano. A entidade enfatiza que o repasse desses custos pode elevar os preços ao consumidor e aumentar a pressão inflacionária.

“Assim, serão afetados tanto quem vende ao consumidor final quanto para quem fornece ao varejo”, conclui a nota enviada pelo IDV.

Entre as associadas do instituto estão empresas como Americanas, Carrefour, Riachuelo, Leroy Merlin, Grupo Boticário, Livraria Cultura, McDonald’s, Magazine Luiza, Renner e Grupo Pão de Açúcar. O IDV reforçou o pedido de mobilização no Congresso para tentar barrar a nova cobrança, que atinge diretamente os negócios dessas companhias.

Via Revista Oeste

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