domingo, novembro 24, 2024
InícioGeralNovo Fusca 'é um fracasso' até na China, admite ex-executivo de montadora

Novo Fusca ‘é um fracasso’ até na China, admite ex-executivo de montadora

“Jamais vou trazer o ‘Fusca’ [Ora Ballet Cat] para o Brasil”, declarou Ramos. “Ele seria um grande queima filme. Até na China esse carro é um fracasso, ninguém quer ele.”

A notícia vem à superfície em meio ao imbróglio jurídico entre a GWM e a Volkswagen. A montadora alemã acusou os veículos chineses de serem uma “cópia escancarada” do icônico Fusca e alegou estar sofrendo uma “concorrência parasitária” do gigante chinês.


Lançado em 2022, o Ora Ballet Cat é semelhante ao Fusca — fabricado pela montadora alemã, Volkswagen, entre 1938 e 2003. O veículo chinês, no entanto, apela para o público feminino e conta com algumas características internas que se distanciam muito do tradicional carro alemão.

O Ballet possui cores claras e muitos tons de rosa, por exemplo. Além disso, tem um espaço exclusivo para guardar bolsas e um espelho com luzes próprias para fazer maquiagem.

No dia 1º de março de 2024, Osvaldo Ramos deixou o cargo de chefe de operações da empresa. Ele estava à frente da gestão comercial da marca desde 2021.

Volkswagen perdeu para a montadora da China na Justiça

A Volkswagen entrou com um pedido de tutela para anular o registro dos automóveis pela empresa chinesa. A montadora alemã afirmou que a atitude da GWM se deu “como se não houvesse leis em nosso país que salvaguardassem os esforços alheios e vedassem a concorrência desleal e parasitária e associação indevida”.

Fusca e Ora Ballet Cat
Os modelos Fusca e Ora Ballet Cat, da Volkswagen e GWM, respectivamente | Foto: Montagem/Volkswagen/Ora

O pedido de tutela ficou válido entre fevereiro de 2023 até o dia 4 de março deste ano, quando a Great Wall Motor conseguiu revogar a medida que paralisava o projeto do “novo Fusca”.

Além disso, a empresa da China alegou que não se pode falar em concorrência desleal, visto que a produção do Fusca no Brasil foi encerrada em 1996. O argumento foi aceito pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.


Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui