Um áudio recentemente divulgado pela Força Aérea Canadense adiciona um novo capítulo ao enigma que envolve o desastre do submersível Titan, ocorrido em junho do ano passado enquanto explorava os destroços do Titanic. O áudio captura sons que os especialistas sugerem ser batidas, mas até agora a origem desses ruídos permanece desconhecida.
Este áudio é uma peça fundamental do documentário Minute By Minute: The Titan Sub Disaster (Minuto por Minuto: O Desastre do Submersível Titan, em tradução livre), uma produção da emissora britânica Channel 5, que estreia hoje no Reino Unido. O documentário, dividido em duas partes, não só apresenta esses novos desenvolvimentos, mas também oferece insights de especialistas e testemunhas oculares da missão de resgate.
O que revela o áudio?
Os sons captados se assemelham a batidas, um fenômeno que foi inicialmente detectado por aeronaves da Força Aérea Canadense durante os primeiros dias de busca e continuou a ser ouvido em cada voo subsequente. De acordo com relatos da época, esses ruídos eram registrados a cada 30 minutos e foram confirmados por dispositivos de sonar subaquáticos no Atlântico Norte.
Na época, o capitão da Guarda Costeira, Jamie Frederick, admitiu à imprensa: “Com relação aos ruídos, para ser franco, não sabemos o que são.”
Uma análise da Marinha dos EUA revelada à CBS News na época sugeriu que os sons poderiam ser atribuídos a fenômenos naturais oceânicos ou mesmo a outros navios de busca. A análise levantou dúvidas sobre a possibilidade de qualquer sinal de socorro por parte dos ocupantes do Titan, já que se acredita que a implosão teria destruído a embarcação instantaneamente.
Relembre a tragédia do Titan
- O submersível, pertencente à empresa OceanGate, desapareceu em 18 de junho de 2023, enquanto se dirigia aos destroços do Titanic, localizados a cerca de 4.000 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
- O contato foi perdido aproximadamente 1 hora e 45 minutos após o início da descida, com relatos de que o Titan teria tentado retornar à superfície momentos antes de perder comunicação com o navio-mãe, o Polar Prince.
- Quatro dias após o desaparecimento, destroços do submersível foram encontrados pela Guarda Costeira dos EUA, revelando sinais de uma implosão a cerca de 3.800 metros de profundidade, ocasionada pela perda de pressão da cabine.
- Essa tragédia levanta sérias questões sobre a segurança do Titan, especialmente diante das preocupações levantadas por um ex-consultor da OceanGate, que alertou repetidamente sobre falhas no projeto da embarcação.
- O CEO da OceanGate, Stockton Rush, ignorou tais alertas e persistiu com as operações do submersível, que nunca foram submetidas a certificação por órgãos independentes.