sexta-feira, novembro 22, 2024
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Novo ataque russo mira bases de caças F-16 na Ucrânia

Na madrugada desta terça-feira, 27, a Rússia realizou um segundo ataque consecutivo com mísseis e drones contra a Ucrânia, mirando aeródromos que poderiam abrigar caças F-16 recebidos de países europeus.

O ataque resultou em cinco mortes. A Força Aérea da Ucrânia relatou o lançamento de 81 drones suicidas, dos quais 60 foram abatidos, além de 10 mísseis, com cinco interceptados.

A Rússia afirmou ter realizado “ataques de precisão contra infraestrutura de bases aéreas” utilizando mísseis hipersônicos Kinjal, lançados por caças MiG-31K, diferenciando-se dos bombardeiros Tu-95MS mencionados por Kiev.

Esse ataque é um dos mais intensos da guerra, apesar de não superar o do dia anterior, que envolveu 236 mísseis e drones, causando sete mortes e afetando centralmente instalações energéticas.

Não está claro se algum dos caças F-16 entregues recentemente por Bélgica e Holanda foi atingido. Blogs militares russos sugerem que ao menos dois aviões foram destruídos em Ivano-Frankivsk, mas essa informação ainda não foi confirmada.

Depois do ataque, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou estar discutindo o uso dos F-16 contra alvos na Rússia, uma questão controversa devido às restrições de uso das armas americanas.

Os aviões prometidos para a Ucrânia

Caça F-16
O F-16 é considerado um dos caças a jato mais confiáveis do mundo | Foto: Divulgação/Wikipédia

Os F-16 prometidos pela Europa, que podem totalizar 95 aeronaves, levarão anos para serem totalmente operacionais devido à necessidade de treinamento das equipes.

Enquanto isso, os EUA estão equipando as aeronaves com sensores mais avançados. Na segunda-feira, Zelenski pediu a colaboração da aviação dos países vizinhos da Otan para proteger vidas, mas a resposta foi cautelosa.

A frota de aviões de combate da Ucrânia, que era de 124 antes da guerra, sofreu grandes perdas, restando apenas 98 aeronaves. Reforços de caças MiG-29 poloneses e eslovacos foram enviados, mas a aprovação para o envio de modelos ocidentais demorou.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, alertou sobre o perigo de uma escalada nuclear, enquanto o Kremlin acusou os EUA de apoiar a ofensiva em Kursk.

Conquista russa e situação na fronteira

Também nesta terça-feira, a Rússia anunciou a conquista de uma cidade a cerca de 10 km de Avdiivka, aumentando a pressão sobre a região de Donetsk. A situação foi agravada pela ofensiva surpresa de Kiev no sul da Rússia, que desguarneceu pontos da linha de frente no leste ucraniano.

O presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, visitou a usina nuclear de Kursk para inspecionar a segurança após a aproximação de drones ucranianos.



Via Revista Oeste

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