sexta-feira, junho 28, 2024
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Novas chuvas fazem Porto Alegre suspender força-tarefa para limpeza na cidade

Em resposta aos recentes alagamentos em Porto Alegre, a prefeitura cancelou a força-tarefa agendada para o sábado 25, destinada à limpeza das proximidades do Mercado Público Central, situado no centro histórico.

As chuvas intensas no Estado ocasionaram um acúmulo de lixo significativo, convertendo diversas áreas urbanas em grandes lixões a céu aberto.

Cerca de 800 garis estão empenhados na limpeza das regiões mais afetadas pela cheia do Lago Guaíba, com uso de caminhões e retroescavadeiras.

No entanto, muitas áreas continuam submersas, o que limita a atuação desses trabalhadores. Até a sexta-feira 24, seis bairros ainda estavam inacessíveis, e as chuvas da quinta-feira 23 inundaram locais como Cavalhada e Restinga — que antes não haviam sido afetados.

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) relatou que suas equipes trabalharam em 15 localidades onde as águas já haviam recuado até o sábado. Até a noite da sexta-feira, foram coletadas 8.970 toneladas de resíduos das ruas.

A força-tarefa para a limpeza de Porto Alegre

Para acomodar o lixo acumulado, foi estabelecido um aterro emergencial a 22 quilômetros de Porto Alegre, em funcionamento desde a quarta-feira 22. A prefeitura assinou um contrato emergencial para o descarte de 77 a 180 mil toneladas de resíduos das enchentes. O novo aterro, localizado em Gravataí, tem um custo estimado de R$ 19,7 milhões e pode receber até 150 vezes a média diária de lixo coletado na cidade.

Os custos totais de limpeza já ultrapassaram R$ 24 milhões e, segundo o prefeito Sebastião Melo (MDB-RS), podem exceder R$ 100 milhões.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a empresa Mox Debris e voluntários, estima que o volume de entulho gerado no Estado pode chegar a 46,7 milhões de toneladas.

O impacto das chuvas

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul anunciou, na noite do sábado, que o número de mortos por causa da catástrofe climática aumentou para 166, com 61 pessoas ainda desaparecidas. Além disso, 2,3 milhões de pessoas em 469 municípios foram afetadas, o que resultou em 581 mil desalojados e 55 mil em abrigos.

Mais de 100 mil pessoas estão sem energia elétrica no Estado. A Corsan informou que o abastecimento de água foi normalizado, mas ainda trabalha para restabelecer o serviço em locais específicos. Além disso, 71 trechos de 40 rodovias estão com bloqueios totais ou parciais.

A Agência Nacional de Águas (ANA) registrou que o nível do Lago Guaíba no Cais Mauá alcançou 4,32 metros na sexta-feira às 19h, diminuindo para 4,15 metros às 7h15 do sábado. A cota de inundação do Guaíba é de 3 metros, o que indica que as águas ainda não recuaram completamente e continuam a inundar áreas da cidade.

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Via Revista Oeste

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