A Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA) de Nova York anunciou na segunda-feira 18, a criação de um pedágio urbano para veículos que transitam em Manhattan. A medida é pioneira nos Estados Unidos. Ela começará a valer em 5 de janeiro de 2025. Seus principais objetivos são arrecadar recursos para o transporte público e reduzir o tráfego na região.
Com a iniciativa, a MTA pretende diminuir o fluxo diário de veículos em Manhattan em pelo menos 80 mil unidades. A expectativa é que essa redução alivie de forma significativa os congestionamentos na área.
A MTA utilizará a cobrança de acesso, também chamada de taxa de congestionamento, para financiar novos investimentos em sistemas de metrô e ônibus. Além disso, a previsão é de que a arrecadação alcance cerca de US$ 15 bilhões (R$ 86,6 bilhões). Por conseguinte, esses recursos serão aplicados em melhorias no transporte público.
A medida ainda depende da aprovação final do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. Apesar disso, a MTA acredita que a liberação ocorrerá em breve, mesmo com as ações judiciais em andamento.
Medida foi suspensa em junho
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, do Partido Democrata, havia suspendido a iniciativa em junho. Contudo, o projeto voltou à pauta com ajustes. A versão inicial previa uma taxa de US$ 15 (R$ 86,57) com início programado para 30 de junho de 2024.
Pelo plano atual, veículos de passeio pagarão US$ 9 (R$ 52) para acessar Manhattan. Caminhões e ônibus terão uma tarifa de até US$ 21,60 (R$ 124,66). Esse valor será reduzido em 75% durante o período noturno. Táxis pagarão US$ 0,75 (R$ 4,33) por viagem. Veículos de aplicativos como Uber e Lyft pagarão US$ 1,50 (R$ 8,66) por trajeto.
A MTA espera que a iniciativa reduza o tráfego em Manhattan em 17%. Além disso, o projeto deve melhorar a qualidade do ar e aumentar o uso do transporte público em até 2%.