“O Santos precisa de uma nova arena. Está discutindo com a WTorre há quatro anos. Um projeto que ano passado a diretoria fez um memorando de intenção. Esse memorando de intenção é algo subjetivo, agora em dois meses praticamente nós exigimos a criação da SPE (Sociedade de Propósito Específico), e já foi criada. Nós fizemos com que o projeto arquitetônico fosse protocolado na Prefeitura Municipal de Santos com as correções que eram necessárias e exigidas, e aguardamos aí a palavra final da prefeitura com referência a este projeto”, revelou o mandatário.
O programa vai ao ar neste domingo (10), às 21h15, na CNN Brasil.
O presidente do clube revelou que a demolição da Vila Belmiro começará em outubro deste ano, e a previsão para o início das obras será em janeiro de 2025.
“A gente vem avançando para que o Santos tenha essa nova arena. Até estipulamos, junto a WTorre, a data de abril para que a gente consiga iniciar as vendas das cadeiras. O Santos e a WTorre só viabilizarão a nova arena com a comercialização desses ativos. São R$ 250 milhões com a venda de cadeiras e camarotes, havendo um possível aporte da empresa de R$ 100 milhões. Nós estamos falando de um aporte, um investimento aproximado de R$ 400 milhões“, disse Marcelo Teixeira.
Para que as obras se iniciem, a WTorre precisa arrecadar cerca de R$ 200 milhões com a venda de cadeiras e camarotes. A nova arena terá capacidade para 30.108 pessoas.
A WTorre, empresa responsável pela gestão do Allianz Parque, possuí uma dívida total de quase R$ 160 milhões com o Palmeiras. Referente ao ano de 2023, a construtora deve R$ 48,6 milhões ao clube, valor de receitas de shows que aconteceram no estádio, no qual o time paulista tem direito a uma porcentagem.
O episódio foi parar na justiça, que determinou que a Real Arenas, empresa criada pela WTorre, apresente garantias para o pagamento do valor que deve ao clube. A construtora não nega a dívida, no entanto, alega que o valor é menor do que o cobrado pelo time palestrino.
A WTorre reformou o Allianz Parque e entregou ao Palmeiras em 2014. No acordo, a empresa ganhou 30 anos para poder explorar o estádio. Há uma divisão de receitas entre as duas partes.
Marcelo Teixeira afirma que o Santos está avançando na negociação, mas que o clube está sendo cauteloso diante das divergências. “Estamos agora revendo detalhes que evitem o que esteja acontecendo agora, eu também não quero entrar nesse mérito, mas estamos nitidamente notando que existem divergências. Essas divergências, quando você faz uma parceria, você tem que prever todas aquelas situações que são necessárias para dirimir dúvidas futuras” comentou Teixeira.
O presidente ainda reforça que a principal prioridade do Santos é eliminar futuras complicações que possam aparecer no memorando, a fim de evitar que o clube passe pelos mesmos problemas que o Palmeiras.
Durante o período de obras, o Santos planeja utilizar o Pacaembu para mandar seus jogos. O presidente Marcelo Teixeira se reuniu no ano passado com representantes da Allegra, concessionária que assumiu a gestão do estádio.
Marcelo Teixeira ainda revelou que, por questões contratuais, a reinauguração do Pacaembu será possivelmente em um jogo do Santos.
“Independente da demolição da Vila ou de uma nova arena, mesmo que o Santos continue com a Vila Belmiro, por uma razão que a gente não chegue a uma conclusão positiva com a parceria com a WTorre, ou encontre outra, a meta e o objetivo da diretoria é jogar no Pacaembu. Nós já temos um contrato com o consórcio”, finalizou o presidente.