Uma equipe da Scuola Superiore Sant’Anna, universidade em Pisa, na Itália, desenvolveu um novo sistema com ímãs para o controle de mãos protéticas. A invenção busca substituir a necessidade de que eletrodos ou outros eletrônicos sejam implantados no corpo dos pacientes.
Entenda:
- Cientistas italianos criaram um sistema que usa ímãs para movimentar mãos protéticas;
- A invenção visa substituir o implante de eletrodos ou outros eletrônicos em indivíduos amputados;
- A equipe usou exames de ressonância magnética e eletromiografia para avaliar a contração dos músculos do braço de um paciente amputado;
- Sensores de campo magnético detectavam os movimentos correspondentes dos ímãs, estimulando o movimento da mão protética;
- A equipe pretende aplicar o sistema a outros tipos de amputação;
- Um estudo foi publicado na Science Robotics.
Como descrito em comunicado, o sistema de ímãs foi testado pela primeira vez em um indivíduo de 34 anos que perdeu a mão esquerda em 2022. Foram implantados seis pequenos ímãs com alguns milímetros de tamanho em alguns dos músculos principais do braço amputado, e o paciente recebeu uma mão protética Mia-Hand.
Sistema de ímãs para mãos protéticas pode ser usado em outras amputações
Para colocar em prática o sistema, a equipe primeiro usou exames de ressonância magnética e eletromiografia, avaliando a forma como os músculos do braço se contraíam quando o paciente pensava em mover os dedos da mão amputada.
Conforme ocorria a contração dos músculos, alguns sensores de campo magnético localizados no manguito do paciente detectavam os movimentos correspondentes dos ímãs. De acordo com a movimentação dos ímãs e músculos, os dedos da mão protética eram estimulados de maneira associada. Um vídeo do processo pode ser visto abaixo:
Nos testes conduzidos até então, o paciente realizou tarefas como mover objetos variados, abrir potes, usar uma chave de fenda e fechar um saco zip-lock, modulando a força de preensão em itens mais frágeis. “O teste no primeiro paciente foi bem-sucedido. Estamos prontos para estender esses resultados a uma gama mais ampla de amputações”, diz Christian Cipriani, coordenador da pesquisa.