Mais um efeito das mudanças climáticas foi identificado pela ciência. Um novo estudo aponta que a crise climática está tornando os furacões cada vez mais fortes. Por isso, pesquisadores defendem a adoção da classificação de categoria 6 para “megafuracões”.
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Impactos das mudanças climáticas
- Atualmente, o sistema de classificação de furacões vai de 1 a 5, sendo este último o evento mais forte que pode ser registrado, quando os ventos ultrapassam a marca de 252 km/h.
- No entanto, os pesquisadores apontam que na última década foram detectadas pelo menos cinco tempestades com ventos superiores aos 300 km/h, ultrapassando os limites estabelecidos na escala vigente.
- Esses “megafuracões” são resultado dos efeitos das mudanças climáticas, devido ao aquecimento dos oceanos e da atmosfera.
- O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
- As informações são da IFLScience.
Categoria 6 abrangeria furacões com ventos superiores a 300 km/h
A partir dos resultados deste novo estudo, os pesquisadores defendem uma mudanças na escala de furacões Saffir-Simpson. Este mecanismo foi desenvolvido no início da década de 1970 por Herbert Saffir, um engenheiro civil, e Robert Simpson, um meteorologista, para classificar os furacões.
O nível 5, o mais alto da escala atualmente, abrange fenômenos climáticos que causam danos catastróficos, como o furacão Katrina, em 2005, e o furacão Maria, em 2017.
No entanto, outros eventos de magnitude muito superior acabam ficando restritos a essa mesma classificação. É o caso do furacão Haiyan, que matou mais de 6 mil pessoas nas Filipinas em 2013, e o furacão Patricia, que atingiu uma velocidade máxima de 340 km/h quando se formou perto do México em 2015.
Para corrigir essas distorções, o estudo aponta a necessidade da criação de um nível 6 na escala. Essa nova classificação abrangeria furacões com velocidades de vento superiores a 309 km/h.