terça-feira, novembro 19, 2024
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Nosso Universo cresce por se fundir com outros ‘universos bebês’, sugere estudo

Qual o tamanho do nosso Universo? Existem outros universos? Se sim, o conceito do multiverso seria real?

Não existe uma resposta definitiva para essas perguntas. Cientistas e astrônomos continuam buscando explicações no cosmos. Agora, em meio a todos esses questionamentos, os pesquisadores chegaram a um consenso: o de que o Universo em que vivemos está em constante expansão.

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Os cientistas já criaram diferentes teorias sobre o assunto, mas nenhuma delas foi 100% aceita pela comunidade. E acaba de surgir uma nova candidata. Um estudo, publicado na revista científica Journal of Cosmology and Astroarticle Physics, afirma que essa expansão poderia ser resultado de colisões e incorporações sucessivas do nosso Universo com outros universos paralelos menores, chamados de “universos bebês”.

Esse conceito surgiu após análises detalhadas da chamada radiação cósmica de fundo (CMB) em micro-ondas, que indicaram uma aceleração na expansão do Universo.

A CMB é a radiação remanescente do Big Bang ou da época em que o Universo começou. A CMB representa, portanto, o calor que sobrou da famosa grande explosão.

Uma teoria dissidente

  • Essa ideia dos universos bebês confronta a teoria predominante sobre a evolução do Universo.
  • De acordo com o chamado Modelo Cosmológico Padrão, existiria uma substância enigmática conhecida como energia escura, supostamente responsável por impulsionar essa expansão.
  • Agora, ninguém até hoje conseguiu provar nada.
  • A tal energia escura não se manifesta de nenhuma outra maneira, levantando dúvidas em muitos astrofísicos sobre sua real existência.
  • O novo estudo desenvolveu um modelo matemático para investigar o impacto hipotético dessa interação na evolução do nosso Universo.
  • Os cálculos sugerem que a fusão com outros universos aumentaria o volume do nosso, o que poderia ser percebido como uma expansão.
  • Ou seja, seria uma questão matemática.
  • Para sustentar essa tese, os cientistas afirmam que são necessários novos estudos observacionais, que devem se tornar cada vez mais frequentes, com o avanço da tecnologia espacial.

Palavra dos especialistas

Jan Ambjørn, físico da Universidade de Copenhague e autor principal do novo estudo, defendeu a tese dele em detrimento à teoria predominante atual. A declaração foi dada em entrevista por e-mail ao site gringo LiveScience:

“Nosso principal achado indica que a expansão acelerada do nosso Universo, antes atribuída à enigmática energia escura, pode ter uma explicação mais intuitiva: a fusão com os chamados universos bebês. Essa nova hipótese pode se alinhar melhor com os dados observacionais do que o Modelo Cosmológico Padrão”, disse o cientista.

Falando ao mesmo site, Yoshiyuki Watabiki, físico do Instituto de Tecnologia de Tóquio, também destacou a nova teoria, mas ponderou que é necessário esperar, ainda mais com a chegada dos grandes telescópios espaciais:

“As previsões do nosso modelo para a expansão tardia do Universo diferem daquelas do modelo cosmológico padrão. Esperamos que as futuras observações dos telescópios Euclid e James Webb determinem qual modelo descreve mais precisamente a expansão atual do nosso Universo”, concluiu.

As informações são do site Space.

Via Olhar Digital

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