segunda-feira, novembro 25, 2024
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Norte concentra maior volume de cidades com nomes do PL à frente, mostra agregador

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL vê na região Norte o melhor cenário para a sigla conquistar prefeituras de capital nas eleições municipais de 2024.

É o que aponta o agregador de pesquisa Ipespe Analítica, que monitora levantamentos de intenção de votos divulgados em 25 das 26 capitais brasileiras – a exceção é Boa Vista, sem registros disponíveis para uso da ferramenta.

Belém e Palmas são as capitais em que o PL tem nomes liderando o agregado das pesquisas publicadas em 2023. Paralelamente, é a região do país em que o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta mais dificuldade: nenhum nome vinculado à sigla consegue ir além da quinta colocação.

Na capital paraense, o deputado federal Éder Mauro (PL) surge com 18%, 5 pontos à frente do atual prefeito e aliado de Lula, Edmilson Rodrigues (PSOL), e 7 a mais do deputado estadual Zeca Pirão (MDB) e Delegado Eguchi (PL), ambos com 11% – o agregador leva em conta os nomes apresentados aos entrevistados por diferentes institutos de pesquisa, daí a presença de dois nomes do mesmo partido e ambos vinculados ao bolsonarismo na cidade.

Vale lembrar que o eleito em 2024 vai administrar Belém durante a organização e realização da COP30, em 2025.

No maior colégio da região, Manaus, o prefeito David Almeida (Avante) segue a tônica de favoritismo dos candidatos à reeleição em 2024, com 34% das intenções de voto, ante 25% do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), o mais votado do Amazonas nas eleições de 2022.

Dois nomes do PL surgem como alternativas para a disputa e ambos cobiçam o apoio de Bolsonaro: Coronel Menezes, que foi candidato ao Senado, com 10%, e o deputado federal Capitão Alberto Neto, com 7%.

Em Macapá, o atual prefeito, Dr. Furlan (Podemos), não só é favorito, como aparece com o maior índice do agregador Ipespe Analítica em todo o país, com 67%. Nenhum de seus potenciais concorrentes consegue chegar aos dois dígitos no agregado dos levantamentos da capital amapaense realizados em 2023.

Já em Porto Velho, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) já foi reeleito em 2020, mas parece ser capaz de fazer a sucessora, a deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos), que aparece com 22% no agregador, mais que o dobro do segundo colocado, Marcelo Cruz (Patriota).

Em Palmas, a deputada estadual Janad Valcari (PL) aparece em primeiro, com 33%. O ex-prefeito da cidade Carlos Amastha (PSB) tem 17%, seguido por Eduardo Siqueira (Podemos), com 15%, Vanda Monteiro (União Brasil), com 7%; e Júnior Geo (Podemos), com 5%.

Por fim, em Rio Branco, o favorito é o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), com 34%, 10 à frente do atual gestor da cidade, Tião Bocalom (PP). O líder no agregador Ipespe Analítica para a capital acriana foi o último prefeito de capital eleito pelo PT, em 2016, cargo ao qual renunciou dois anos depois para disputar o governo estadual.

Belém

  1. Éder Mauro (PL) – 18%
  2. Edmilson Rodrigues (PSOL) – 13%
  3. Zeca Pirão (MDB) – 11%
  4. Delegado Eguchi (PL) – 11%
  5. Thiago Araújo (Cidadania) – 8%

Macapá

  1. Dr. Furlan (Podemos) – 67%
  2. Josiel (União Brasil) – 9%
  3. Acácio Favacho (MDB) – 3%
  4. Aline Gurgel (Republicanos) – 3%
  5. Paulo Lemos (PSOL) – 2%

Manaus

  1. David Almeida (Avante) – 34%
  2. Amom Mandel (Cidadania) – 25%
  3. Coronel Menezes (PL) – 10%
  4. Capitão Alberto Neto (PL) – 7%
  5. Anne Moura (PT) – 3%

Palmas

  1. Janad Valcari (PL) – 33%
  2. Carlos Amastha (PSB) – 17%
  3. Eduardo Siqueira (Podemos) – 15%
  4. Vanda Monteiro (União Brasil) – 7%
  5. Júnior Geo (Podemos) – 5%

Porto Velho

  1. Mariana Carvalho (Republicanos) – 22%
  2. Marcelo Cruz (Patriota) – 10%
  3. Cristiane Lopes (PP) – 9%
  4. Alan Queiroz (Podemos) – 8%
  5. Fátima Cleide (PT) – 1%

Rio Branco

  1. Marcus Alexandre (MDB) – 34%
  2. Tião Bocalom (PP) – 24%
  3. Minoru Kinpara (PSDB) – 12%
  4. Emerson Jarude (Novo) – 4%
  5. Alysson Bestene (PP) – 2%

O agregador de pesquisas desenvolvido pelo Ipespe Analítica é um algoritmo que projeta a intenção de voto para prefeito a partir de levantamentos feitos por diversos institutos. Não é apenas somar os números e obter uma média. A metodologia usa estatística bayesiana e técnicas de aprendizado de máquina (machine learning). Leva em conta, por exemplo, o período em que as entrevistas foram feitas – quanto mais recentes, maior o peso no cálculo –, assim como o histórico dos institutos.

Trata-se de uma fotografia mais precisa do cenário eleitoral, quando comparado às pesquisas de forma individual. Isso porque, como ainda se trata de pré-candidaturas, pode haver diferença na lista de nomes apresentados aos entrevistados. Além disso, o agregador atualiza os dados tão logo seja divulgada uma nova pesquisa e permite a comparação ao longo do tempo na série histórica.

Via CNN

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