O cantor Leonardo está prestes a ter seu nome removido da lista de empregadores acusados de utilizar trabalho escravo. A informação foi divulgada pelo escritório de advocacia que representa o sertanejo, relata o jornal O Globo.
De acordo com a decisão judicial, foi concedida uma liminar que determina a exclusão imediata do nome do cantor do Cadastro de Empregadores que mantém trabalhadores em condições análogas à escravidão. A ordem, que deve ser cumprida pela União até 20 de novembro de 2024, permanecerá válida até o julgamento final do processo.
O nome de Leonardo foi inicialmente incluído na “lista suja” de trabalho escravo divulgada em 7 de outubro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho. O balanço é atualizado semestralmente. Segundo o órgão, 176 pessoas foram adicionadas à lista, que tem um total de 727 nomes.
A lista se tornou pública depois de uma fiscalização realizada na Fazenda Talismã, de Leonardo, cujo nome é Emival Eterno da Costa. A fazenda está localizada em Jussara, Goiás.
Na inspeção, realizada por técnicos do MTE em novembro de 2023, seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, foram encontradas em condições de trabalho degradantes, o que levou à inclusão do nome do cantor na lista de empregadores responsáveis por “escravidão contemporânea”. A propriedade, que está avaliada em R$ 60 milhões, é mantida e administrada pelo cantor.
Indenizações pagas por Leonardo
Embora Leonardo tenha sido incluído na lista, seu advogado, Paulo Vaz, afirmou ao Globo, na época da denúncia, que o artista não teve qualquer envolvimento direto nas condições de trabalho encontradas.
Para evitar maiores disputas, segundo Vaz, Leonardo pagou as multas correspondentes às irregularidades encontradas, o que levou ao arquivamento do caso.
“É muito estranho que o nome do Emival, o Leonardo, ainda esteja nessa lista, considerando que o caso foi resolvido em 2023, explicado e arquivado”, afirmou o advogado.
“Quando fomos convocados para a audiência, pagamos todas as indenizações e multas. Mesmo não sendo responsabilidade do Leonardo, optamos por resolver a questão de forma amigável para evitar qualquer tipo de controvérsia.”