quarta-feira, dezembro 4, 2024
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No governo Lula, Correios acumulam prejuízo recorde

Os Correios, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentam uma crise financeira sem precedentes, registrando um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse valor representa o maior déficit da história da estatal nesse período, com a possibilidade de superar o rombo de R$ 2,1 bilhões ocorrido em 2015, no desastroso segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).

Para evitar a insolvência, a administração adotou medidas de contenção de despesas, listada da seguinte forma em documento obtido pelo Poder360.

  • a) pela suspensão temporária das contratações (mínimo 120 dias);
  • b) pela negociação do valor global dos contratos vigentes com redução no mínimo em 10% dos valores bloqueados em 2024 e 2025; e
  • c) pela realização das prorrogações de vigências de contratuais a partir de outubro, somente com utilização de recursos oriundos da economia realizada no item anterior.

“Tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, afirma um trecho do documento.

Revisão de receitas e causas da crise

A estimativa de receitas para 2024 foi revisada de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, resultando em um déficit previsto de R$ 1,7 bilhão. Os Correios atribuem parte dessa situação à gestão anterior, de 2019 a 2022, e à política fiscal, que afetou as importações, conhecida como “taxa das blusinhas”.

Entretanto, os Correios viram suas contas se deteriorarem na gestão Lula, com o advogado Fabiano Silva dos Santos, de 47 anos, na presidência da estatal. Ele foi indicado ao cargo pelo Prerrogativas, grupo de advogados próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e críticos ferrenhos da Lava Jato, operação que desmantelou o maior esquema de corrupção do país.

Uma das medidas “questionáveis” de Fabiano Santos, que tem amizade estreita com o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), foi não recorrer em uma ação trabalhista de R$ 600 milhões, o que impactou o orçamento. O Tribunal de Contas da União está investigando essa e outras manobras contábeis.

No governo de Jair Bolsonaro, a quem a gestão petista quer atribuir o atual prejuízo, o lucro dos Correios foi o maior da história, de R$ 3,7 bilhões.

Rombo nos correios
Fonte: Reprodução/Poder360

Em 2024, a estatal também assumiu a responsabilidade de cobrir uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o Postalis, fundo de pensão dos funcionários, para sanar parte do déficit previdenciário. Em meio aos desafios, os Correios abriram concurso para 3.511 vagas, com salários de R$ 2,4mil a R$ 6,9 mil sem cancelamento de provas nem rompimento de contratos.

Privatização dos Correios

Durante o governo de Bolsonaro, os Correios entraram na lista de privatização. Porém, logo depois de assumir o cargo, em 2023, Lula praticamente encerrou o programa de privatizações e, para os Correios, prometeu “investimento e modernização”. Apesar disso, desde 2023, a estatal viu apenas os prejuízos aumentarem.

Além dos Correios, Lula retirou do Plano Nacional de Desestatização a Agência Brasileira /Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S/A (ABGF), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), a Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).

Outras três empresas foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI): a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S/A – Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA) e a Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras).

Via Revista Oeste

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