domingo, setembro 29, 2024
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Nível do Guaíba, no RS, ultrapassa recorde de 1941

Depois de intensas chuvas no Rio Grande do Sul, o nível do Guaíba, em Porto Alegre (RS), ultrapassou o recorde histórico de 1941. Na madrugada desta sábado, 4, o rio atingiu 4,96 metros de altura. Esta marca superou os 4,76 metros registrados na maior cheia ocorrida há mais de 80 anos. As tempestades já causaram cerca de 40 mortes e deixaram 68 desaparecidos, centenas de ilhados e milhares de desabrigados no Estado.

A Defesa Civil atualizou do nível do rio às 4 horas de hoje. Em décadas posteriores a 1941, o nível do Guaíba ultrapassou os três metros em apenas três ocasiões: setembro de 1967, setembro de 2023 e novembro de 2023.

O governador Eduardo Leite (PSDB) alertou que o rio poderia alcançar a marca de 5 metros de altura. Em entrevista coletiva, ele classificou a situação como “absurdamente excepcional”.

A Defesa Civil já registrou mais de 32 mil pessoas fora de casa e 24 mil desalojadas que recorreram à casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do Estado passam por transtornos decorrentes das chuvas, que já afetaram 351.639 mil pessoas.

Operações já conseguiram resgatar 8 mil pessoas com o auxílio de 18 aeronaves. Muitas famílias ainda estão ilhadas devido às condições meteorológicas desfavoráveis, como neblina.

Vídeo mostra como estão as ruas de Porto Alegre:

Impacto do rompimento da barragem 14 de julho

O estado de calamidade pública foi decretado pelo governador na quarta-feira, 1º, com prazo de 180 dias, devido às chuvas e enchentes classificadas como desastres de nível 3. O Rio Grande do Sul inteiro foi colocado em alerta para inundações. O governador expressou preocupação com o aumento do número de mortes, pois além dos desaparecidos, há comunidades isoladas e incomunicáveis.

O rompimento parcial da barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na quinta-feira 2, causou uma onda de dois metros de altura que atingiu a região de Bento Gonçalves. O prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB) relatou que equipes tiveram pouco tempo para evacuar a área atingida, que tingiu comunidades rurais e municípios vizinhos.

A situação levou à suspensão das aulas nas escolas estaduais e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).



Via Revista Oeste

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