sexta-feira, novembro 22, 2024
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Nike se afasta de cultura woke e abraça meritocracia

Quem acompanha o mundo do marketing, com certeza se deparou com a polêmica em torno do novo comercial da Nike. Entitulado “Vencer não é para todos”, o vídeo, lançado pouco antes do início da Olimpíada de Paris, se tornou alvo de patrulha da militância woke.

A peça publicitária faz uma provocação sobre a meritocracia no esporte e questiona, por exemplo, se a vontade de vencer “a qualquer custo” torna o atleta uma “pessoa ruim”. Ídolos como os jogadores de futebol Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé aparecem nas imagens.

No artigo A celebração da derrota, publicado na Edição 228 da Revista Oeste, Silvio Navarro lembra que o comercial entrou na patrulha dos progressistas.

Uma das críticas está em artigo publicado no portal The Drum, que cobre o mercado de publicidade. O economista e diretor da empresa The New Macho, Fernando Desouches, afirma que a mensagem passada pela marca no vídeo “é muito, muito preocupante”.

Mas, para além do artigo, a militância progressista também invadiu o perfil da Nike nas redes sociais, especialmente nos comentários da publicação oficial do comercial.

“Este é um anúncio que glorifica a hipercompetitividade e não a competitividade”, escreveu um usuário. “As características que você menciona estão relacionadas à tríade obscura e não devem ser admiradas. Uma pessoa com todas essas características é uma pessoa má. O caráter vem antes dos resultados esportivos.”

“Acho que a Nike também não é para todos”, avaliou outra pessoa.

“Isso parece mais um comercial de guerra”, afimou uma mulher.

Nem todos abominam a Nike

Na contramão das críticas, há também quem goste do novo posicionamento da marca.

“Este é bom”, afirmou um internauta.

“Um dos melhores anúncios de todos os tempos”, disse outro usuário.

“Estou obcecado por esse comercial!!!!”, enfatizou uma terceira pessoa.

Em um texto publicado no Instagram, o especialista em criação de audiência para CEO’s Davi Louback avalia que o vídeo representa uma crítica ao cenário geopolítico mundial.

“A mudança de direção da Nike não apenas desafia os valores tradicionais promovidos pela marca, mas também provoca um debate sobre os custos éticos da busca incessante pelo sucesso”, escreve Louback. “Ao invés de inspirar a superação pessoal e a inclusão, a nova campanha promove uma visão mais dura e pragmática da realidade competitiva.”

Além disso, ele também pontua que a ausência de discussões “aprofundadas” na mídia tradicional levanta questões sobre a influência e a responsabilidade das marcas em moldar valores sociais.

“A Nike, ao lançar esse comercial polêmico, coloca-se no centro de uma controvérsia que desafia não apenas suas tradições, mas também o próprio conceito de vitória e sucesso na sociedade contemporânea”, conclui.



Via Revista Oeste

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