terça-feira, novembro 26, 2024
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Nicolás Maduro rejeita oferta de asilo político do Panamá

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou a oferta de asilo político feita pelo presidente do Panamá, José Raúl Mulino. A ideia do presidente panamenho era facilitar a partida do chavista para outro país a fim de permitir a transição política na Venezuela. As informações são da CNN Brasil.

A proposta de Mulino foi feita na sexta-feira 9 e ele disse que funcionaria como uma “ponte” para um terceiro país depois da eleição de 28 de julho na Venezuela. Na ocasião, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Nicolás Maduro reeleito, mas não apresentou as atas eleitorais. O órgão alega que o sistema foi hackeado. A oposição fala em fraude e alega que Edmundo González, que concorreu contra o ditador nas urnas, venceu com 70% dos votos.

“Se essa é a contribuição, o sacrifício que o Panamá tem que fazer, oferecendo nosso solo para que esse homem e sua família possam deixar a Venezuela, o Panamá o faria sem dúvida”, disse Mulino.

O ditador chavista, contudo, acusou Mulino, eleito para o posto há três meses, de ter se “deixado levar pelos gringos”, em referência depreciativa aos EUA.

“Vou tentar saber seu nome, presidente do Panamá, mas quem se mete com a Venezuela encalha”, disse Nicolás Maduro a jornalistas. O Panamá é um dos países latino-americanos que cortou relações diplomáticas com a Venezuela desde a eleição deste ano.

Os demais países são Argentina, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Peru e Uruguai. Vários países, incluindo o Brasil e os EUA, cobram a Venezuela sobre a divulgação das atas eleitorais. No sábado 10, a Suprema Corte do país começou uma auditoria nas eleições e informou que o resultado vai ser “inapelável”.

O Brasil já informou que não vai reconhecer o resultado declarado pelo Judiciário da Venezuela sem a divulgação das atas.

Ao lado da Colômbia e do México, o Brasil tenta estabelecer uma mesa de diálogo entre oposição e governo para evitar uma escalada de violência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, já disse que o processo eleitoral que ocorreu na Venezuela é “normal” e “tranquilo”.



Via Revista Oeste

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