Em meio a protestos, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 1º, que prendeu 1,2 mil pessoas contrárias ao resultado das eleições presidenciais de 28 de julho. Organizações internacionais já declararam que o pleito foi fraudulento.
Maduro prometeu prender outras mil pessoas que contestaram a sua reeleição. Ele afirmou que o destino de todos serão as prisões de segurança máxima do país.
“Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”, disse ele a um grupo de pessoas.
Assista ao vídeo sobre as prisões que o ditador publicou em seu perfil nas redes sociais, na noite desta quinta-feira, 1º:
Todos los criminales fascistas se van para Tocorón y Tocuyito, a cárceles de máxima seguridad para que paguen sus crímenes ante el pueblo. pic.twitter.com/zfXYBSB5v3
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) August 2, 2024
A Venezuela enfrenta uma crise política depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sob o comando do governo, declarar Maduro reeleito para o seu terceiro mandato. Tanto a oposição, que tem María Corina Machado e Edmundo González como líderes, quanto observadores da comunidade internacional se manifestaram contra o resultado eleitoral. Acusações incluem falta de transparência da CNE.
Há pedidos para a divulgação dos resultados das urnas. Os dados indicam que o candidato da oposição, Edmundo González, venceu o pleito com 7.119.768 votos (67%), enquanto o atual presidente, Nicolás Maduro, teria obtido 3.225.819 (30%).
Protestos contra Nicolás Maduro
Com a revolta da população, protestos se espalharam pela Venezuela. De acordo com ONGs, pelo menos 12 pessoas morreram até ontem. Para tentar acalmar a população, a Suprema Corte da Venezuela, formada por aliados de Maduro, convocou os dez candidatos à presidência, incluindo Maduro e González, para uma auditoria das eleições nesta sexta-feira, 2.
“Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, afirmou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte.
Na última quarta-feira, 31, Maduro declarou que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades”. Ele afirmou que “a justiça chegará para eles”.