A ditadura da Nicarágua autorizou a entrada de tropas, veículos e aeronaves de países estrangeiros no país em 2025. A Assembleia Nacional aprovou a ação de forma unânime. A decisão permite a presença militar internacional até o dia 30 de junho.
As tropas que vão entrar na Nicarágua são dos seguintes países: Rússia, Venezuela, México, Cuba e Estados Unidos. Honduras, El Salvador e República Dominicana, todos integrantes da Conferência das Forças Armadas da América Central (CFAC), também vão participar da missão.
O ditador Daniel Ortega disse que a presença militar estrangeira visa a fins humanitários. A administração também alegou intercâmbio de cooperação.
Ditadura autorizou o mesmo exercício internacional em julho de 2023
Em julho de 2023, Daniel Ortega já havia autorizado a entrada de tropas estrangeiras na Nicarágua. A gestão alegou intercâmbio e assistência humanitária. Alguns dos países que receberam o aval do governo são Rússia, EUA, Cuba e Venezuela.
No documento, a administração permite a entrada de um número indeterminado de agentes internacionais.
“Está autorizado o trânsito ou o estacionamento no território nacional de militares, navios e aeronaves das Forças Armadas da Federação Russa, do México, da Venezuela, dos Estados Unidos, de Cuba e das Forças Armadas e Exércitos da Conferência das Forças Armadas da América Central”, informou o decreto.
Nicarágua aprovou lei que prende pessoas que criticarem a ditadura nas redes sociais
No dia 11 de setembro de 2024, a gestão do ditador Daniel Ortega autorizou uma lei, sem objeções do Legislativo, que prende pessoas que criticarem o governo nas redes sociais. A pena é de três a cinco anos de prisão, além de multas.
A penalidade vai ser aplicada a usuários que postarem conteúdos que causam “medo, pânico ou ansiedade” na população. O regime também vai decidir se uma publicação promove discriminação, ódio, violência ou ameaça à estabilidade econômica.