domingo, julho 7, 2024
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Neymar: ex-empregada reclama direitos trabalhistas do jogador, diz jornal

Neymar, atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita, foi acusado de trabalho oculto por uma empregada doméstica brasileira, entre janeiro de 2021 e outubro de 2022, quando o craque atuava pelo Paris Saint-Germain, da França. As informações são do jornal francês Le Parisien.

Ela exige 368 mil euros, quase R$ 2 milhões, por horas extras não remuneradas. Ela ainda afirma que precisou trabalhar até 15 dias antes do nascimento prematuro do filho.

Segundo o jornal, a profissional anotava seus períodos em um caderno, recebia 15 euros por hora e chegava a quase 70 horas semanais, sem direito a folga. Segundo a matéria, ela não tinha visto nem documentos para trabalhar na França.

Além da falta de registro, a empregada contou que trabalhava em “ritmo infernal”,  sem receber nenhuma assistência financeira e médica.

A profissional era encarregada de fazer os afazeres domésticos do craque e, segundo o jornal, até mesmo “cortar as unhas dos companheiros do atacante”. O caso foi para o Tribunal Industrial de Saint-Germain-En-Laye, no departamento de Yvelines.

Entenda a história da doméstica na casa de Neymar

A empregada foi contratada por Neymar pela primeira vez em fevereiro de 2019, no aniversário de 27 anos do atacante. Ele precisava ampliar o quadro de funcionários para a festa, portanto, contratou a mulher como ajudante de cozinha, indicada por Mauro, um dos integrantes da comitiva do jogador.

Depois dessa festa, ela foi chamada novamente para trabalhar para o atleta, em 2020.

Em janeiro de 2021, ela foi “contratada” para trabalhar integralmente na casa do atacante. Além dos serviços domésticos, ela fazia as unhas de Bruna Biancardi, namorada do atleta.

Na intimação judicial, a doméstica cita uma subgerente de Neymar, chamada Isabel, que concretiza a ida da doméstica para a casa do jogador, mas somente de forma verbal.

Ela trabalhava nove horas diárias durante a semana, com seis horas a mais nas noites de sexta-feira e sábado. No domingo, atuava por sete horas diárias. A carga horária ultrapassa cerca de 20 horas em relação a jornada de trabalho convencional na França, mas a funcionária nunca foi paga pelas horas extras.

Ela recebia 15 euros líquidos (R$79, na cotação atual) por hora de segunda a sábado, e 30 (R$158, na cotação atual) no domingo. No PSG, Neymar recebia cerca de 3,67 milhões de euros por mês (cerca de R$20,5 milhões na época).

A mulher não recebia comprovantes de pagamento, tampouco folgas e licenças remuneradas, mesmo grávida. No entanto, ela tinha todas as horas trabalhadas cuidadosamente anotadas por ela em um caderno.

Após o parto, a doméstica nunca mais teve contato com Neymar e nem teve seu acordo rescindido, mesmo que oralmente. Por estar sem trabalhar, a doméstica começou a passar dificuldades e, por isso, procurou o ‘Secours populaire’ e o ‘Restos du coeur’, duas instituições de caridade francesas, para abrigar-se com a família.

Em junho, antes que Neymar deixasse Paris para se mudar para a Arábia Saudita, os advogados da doméstica enviaram uma carta para o jogador, tentando chegar a um acordo, mas nunca obtiveram resposta. Por isso, decidiram ir à Justiça.

Ao Le Parisien, a assessoria de Neymar informou que não recebeu nenhuma notificação sobre o processo.

Segundo especialistas, também conhecido como “hidden overwork” ou “sobrecarga invisível de trabalho”, consiste na pratica de trabalho nas horas de folga. Não são horas extras. Mas usar períodos como finais de semana, por exemplo, para continuar em contato com o trabalho.

 

Via CNN

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