O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajou neste domingo, 2, para Washington. Na capital norte-americana ele se reunirá com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
Pouco antes de embarcar, Netanyahu, em inglês, destacou a relevância de ser o primeiro líder estrangeiro a se reunir com Trump depois da posse do norte-americano, em 20 de janeiro.
“Isso reflete não apenas a forte aliança entre Israel e os EUA, mas também minha relação pessoal com o presidente Trump”, afirmou. “Acredito que, trabalhando juntos, podemos reforçar a segurança regional e expandir o círculo da paz.”
O encontro acontece em um momento estratégico para os dois países, de acordo com os principais jornais israelenses. A guerra em Gaza ainda está em curso, apesar do cessar-fogo para a troca de reféns por prisioneiros do grupo terrorista Hamas.
Netanyahu tem sido cobrado por Trump para encerrar a guerra e se abrir com mais entusiasmo para negociações. Mesmo com as cobranças, ele se mostrou animado em fortalecer a aliança com o novo presidente dos EUA. E ressaltou que a parceria tem o potencial de redefinir o cenário do Oriente Médio.
Segundo ele, os temas centrais da reunião serão conter a ameaça do eixo do terror iraniano, garantir a derrota do Hamas e assegurar a libertação dos reféns capturados pelo grupo terrorista em outubro de 2023.
Netanyahu, porém, precisar provar mais uma vez toda sua habilidade política que o levou a ser o primeiro-ministro que mais tempo permaneceu no cargo em Israel.
Pressão interna e externa
O israelense está ameaçado há pelo menos sete anos, por causa de processos na Justiça, e, posteriormente, pela pressão em relação à sua resistência em negociar a libertação dos reféns.
Eles foram sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, ataque este que também levantou uma série de dúvidas sobre a conduta do governo em relação à segurança das fronteiras.
Diante de Trump, no entanto, Netanyahu terá o seu mais difícil teste político. Terá de lidar com a pressão do eloquente e firme presidente norte-americano e, ao mesmo tempo administrar as exigências de uma ala religiosa que quer a continuidade da guerra.
De sua base, ele já perdeu o apoio do partido Otzma Yehudit, conservador religioso, que deixou a coalizão por causa do acordo de cessar-fogo.