Cada vez mais, as montadoras chinesas estão olhando com carinho para nosso mercado. JAC e Cherry (esta última por meio de parceria com a CAOA) já estão há mais tempo por aqui, enquanto a BYD está investindo bilhões para fabricar no Brasil. A GWM também já passou de um ano no Brasil e vem crescendo. Ainda este ano, chegarão Omoda e Jaecoo. E mais uma fabricante do país asiático chegará ao Brasil e já este mês: a Neta.
Não, ela não foi criada por brasileiros com um pé na China – só o nome remete ao nosso idioma. Com dez anos de existência, a montadora planeja trazer dois modelos elétricos ao País logo de cara, mas já trabalha para estrear um SUV híbrido no próximo ano, conforme Henrique Sampaio, diretor de marketing e produto da Neta no Brasil.
Sampaio informou ao Estadão que a empresa recebeu, recentemente, aporte do governo chinês de 4 bilhões de yuans (R$ 2,8 bilhões, em conversão direta), visando fomento da área de pesquisa e desenvolvimento, além da expansão das exportações.
Hoje, a montadora tem três fábricas na China e uma na Tailândia. Os veículos que serão vendidos por aqui virão das plantas chinesas. Sampaio não confirma, mas a empresa tem mais planos ambiciosos, projetando futura fábrica tupiniquim. Contudo, o executivo da companhia apenas informa que o Brasil será o hub do grupo na região.
Neta representa ainda mais o avanço chinês no Brasil
- Com a chegada de mais uma montadora chinesa ao País, fica mais clara a grande estratégia de expansão proposta pela China no mercado de veículos mundial;
- O Brasil, segundo o periódico, tem papel vital nessa empreitada, pois o brasileiro é um consumidor aberto a novidades, seja em produtos, seja em tecnologias;
- Também é de se admirar o avanço dos veículos chineses no que tange sua construção, recursos eletrônicos e design.
O Estadão ressalta que esses avanços, que mostram que a China finalmente acertou na receita para conquistar o exterior, aparece claramente no Salão de Pequim, que vai até este sábado (4).
Por lá, pode-se encontrar vários tipos de modelos, especialmente automóveis de passeio e picapes, além de comerciais leves, todos bem-acabados e ótimos sistemas de tecnologia multimídia, além de belos designs, mostrando que o país verdadeiramente evoluiu nesses quesitos.
Além disso, a impressão do periódico é que os carros ocidentais perderam bastante espaço no Salão de Pequim, virando coisa do passado. Contudo, muitos produtos chineses têm designs que remontam a modelos de sucesso. Um exemplo é o Neta GT, cupê que dá mesmo a sensação de já ter sido visto antes.
Aliás, o modelo será o primeiro a ser vendido por aqui. A Neta informa que, mesmo sendo elétrico, ele se assemelha a um esportivo a combustão: vai de 0 km/h a 100 km/h em 3,7 segundos na versão com potência equivalente a 462 cv.
Na versão light, com 231 cv, ele precisa de 6,5 segundo para alcançar a mesma velocidade. Muito melhor do que vários veículos flex por aqui. Porém, a montadora não divulgou o preço do EV no Brasil.
O Estadão destaca ainda o ótimo acabamento do GT, ignorando o fato de ser esportivo e contando com quatro lugares e ótimo espaço interno. Ele também conta com duas grandes telas internas, sendo uma na horizontal, podendo ser usada como quadro de instrumentos, e outra na vertical, que serve como multimídia.
Confira imagens do interior do Neta GT abaixo:
Neta L desembarca no Brasil em 2025
O SUV híbrido que chega em 2025 por aqui é o Neta L. Ele acaba de desembarcar na China para competir com o BYD Song Plus, que já está em nosso País.
A Neta afirma que o L roda mais de mil quilômetros com apenas um tanque de gasolina. O motor a combustão, que fica na dianteira do híbrido, funciona como gerador de eletricidade, produzindo a energia que o elétrico utiliza para mover o carro.
Já o outro veículo que vai chegar ao Brasil até o fim deste ano é o Neta Aya, preparado para competir com elétricos de entrada, especialmente BYD Dolphin Mini e JAC e-JS1, de modo que seu preço pode ficar em torno dos R$ 120 mil.
Sampaio disse que o primeiro escritório da empresa no Brasil, localizado na Avenida Paulista, Em São Paulo (SP), já está funcionando. Ele não informou quantas concessionárias a marca quer ter no Brasil, mas alegou que estão em negociação avançada com diversos grupos empresariais.
Contudo, há algumas pequenas informações sobre elas: sabe-se que elas serão instaladas no Sudeste e no Centro-Oeste, apesar de haver interessados no Nordeste e outras regiões brasileiras, ressaltou o executivo da Neta.
A marca tem outros três carros em seu portfólio, mas, terá, em breve, mais três veículos, aumentando assim seu leque.