A cantora Majur, 29, afirmou, em entrevista à CNN, que conquistou o sucesso sem investimento e disse que suas músicas conquistaram o público de forma orgânica. Artista negra, travesti e baiana, a voz de “AmarELO” e “Andarilho” seguiu sua carreira de forma independente até este ano, quando firmou um contrato com a Universal Music.
Seu primeiro disco com gravadora será lançado em 2025 e, conforme ela adiantou à CNN, terá 16 faixas — cada uma delas dedicada a um orixá diferente. A primeira música do projeto já está nas plataformas, foi escrita para Iemanjá e se chama “Tudo Maré”.
“Sou muito feliz com meu trabalho, com onde ele pode chegar, com os fãs que foram construídas através desse trabalho de forma orgânica. Não fiz investimento nenhum, de nada. Os meus sonhos de fato vieram por amor, por troca, pelos fãs escutarem as canções e se sentirem atravessados”, declarou Majur.
A baiana também celebra o fato de ter alcançado reconhecimento nacional ao lado de outros nomes que têm se consolidado na música nacional e possuem origens parecidas com a dela, como Liniker — com quem ela canta em “Rainha de Copas”.
“Olha só onde eu cheguei, né? [Sou] uma das maiores cantoras do Brasil, da atualidade. E [cheguei] com minhas amigas também, não estou sozinha. Essa é uma das coisas mais incríveis que aconteceu nessa geração, porque eu não imaginava que seria tão bom estar acompanhada. A Liniker agora está fazendo sucesso absurdo tremendo, ela foi minha referência lá atrás e agora vejo ela, mais uma vez, ultrapassar limites”, declarou Majur citando o sucesso do álbum “Caju”, lançado em agosto deste ano.