Algo improvável aconteceu com o Sol nesta terça-feira (23): quatro regiões separadas da estrela, aparentemente sem conexão entre elas, emitiram explosões solares quase ao mesmo tempo. O fenômeno foi flagrado pela sonda Solar Dynamics Observatory, da NASA. Ainda não se sabe se elas atingirão a Terra.
Quatro explosões solares no mesmo dia
As erupções aconteceram no começo da manhã desta terça-feira (23). As quatro explosões estavam separadas por milhares de quilômetros umas das outras, mas foram desencadeadas em questão de minutos de diferença. Foram três manchas solares e um filamento magnético.
Esse tipo de evento é conhecido como “explosões solares simpáticas” porque as erupções acontecem em pares, quase simultaneamente, mas em regiões com grande espaçamento entre si. Como foram dois pares, isso torna o episódio uma explosão “supersimpática”.
Qual foi a causa das erupções
Aparentemente, as explosões solares não estavam relacionadas entre si, mas, na verdade, estão.
Elas estão conectadas entre si por laços magnéticos praticamente invisíveis posicionados na coroa solar (a parte externa do Sol). Quando uma instabilidade acontece em algum ponto, por mais distante que seja, ela viaja rapidamente até outro local do Sol, criando reação em cadeia.
Segundo o SpaceWeather, o evento desta semana foi reminiscência da Grande Erupção de 1º de agosto de 2010, que incluiu uma dúzia de ondas de choque e explosões em região abrangendo 180 graus da longitude solar.
As explosões solares impactam a Terra?
O relatório da sonda já está disponível, mas não deixa claro se as explosões solares terão algum tipo de efeito na Terra.
O monitoramento deve continuar para saber se alguma ejeção de massa coronal (CME, na sila em inglês) terá impacto por aqui. As CMEs podem causar, por exemplo, instabilidade nas redes elétricas e satélites, e colocar astronautas em risco.
Ainda de acordo com o site, outras erupções sobrepostas foram flagradas nas horas seguintes ao fenômeno “supersimpático” e, se algo estiver vindo na direção da Terra, deve chegar por volta de 26 de abril. Se acontecer, deve ser uma tempestade geomagnética de classe G1, considerada leve que pode causar instabilidade em redes elétricas e operações de satélite.