A Boeing e a Nasa resolveram dois problemas técnicos da espaçonave Starliner, incluindo uma “vulnerabilidade no design” que exigiu solução alternativa temporária, para colocar a cápsula de volta no caminho de realizar sua missão de levar dois astronautas ao espaço, disseram autoridades nesta sexta-feira (24).
A primeira missão tripulada da Starliner, um teste planejado para o dia 1º de junho, foi prejudicado neste mês por um pequeno vazamento de hélio detectado em seus sistemas de propulsão, horas antes do lançamento, na Flórida. Duas semanas de trabalho mostraram que o vazamento não oferece risco aos astronautas, disseram autoridades.
“Este realmente não é um problema de segurança de voo para nós, e acreditamos que podemos administrá-lo”, disse o chefe da Starliner da Boeing, Mark Nappi, durante uma entrevista coletiva.
O aguardado primeiro voo tripulado da Starliner, com os astronautas da Nasa Suni Williams e Butch Wilmore a bordo, é um teste final antes de a agência certificar a espaçonave para que faça viagens rotineiras de astronautas para a Estação Espacial Internacional. Ela será a segunda cápsula tripulada norte-americana no espaço, ao lado da Crew Dragon, da SpaceX, que iniciou os voos tripulados em 2020.
A Boeing, que inicialmente queria lançar a Starliner no dia 6 de maio, enfrenta pressão para conseguir um lançamento bem-sucedido no começo de junho. Qualquer data posterior a 6 de junho pode desencadear semanas ou até meses de atrasos, porque alguns componentes perecíveis precisariam ser substituídos na Starliner e em seu foguete, o Atlas 5, construído pela joint venture United Launch Alliance (ULA), entre Boeing e Lockheed.
Com anos de atraso e US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,75 bilhões) de custos não previstos de desenvolvimento, o sucesso da Starliner é crucial para a Boeing, que passa por uma crise em seu negócio de aviação.
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