Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni, de 5 anos, preparam uma ação para tentar anular a sentença.
O casal Nardoni foi condenado em 2010, mas nega a autoria do crime até hoje. Atualmente, Alexandre e Anna Carolina Jatobá estão em regime aberto.
Eles planejam entrar com um pedido de revisão criminal na Justiça. Trata-se de um recurso para contestar decisões já definitivas.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concluiu o julgamento em outubro de 2018, mas a defesa reativou o processo no final de 2022.
Os advogados questionam o destino de materiais usados nas perícias, como amostras sanguíneas e objetos do Instituto de Criminalística (IC). A defesa solicita nova análise das provas.
Recentemente, a juíza Andrea Coppola Brião, da 2ª Vara do Júri do TJ-SP, negou essa solicitação. Ela informou que parte do material já foi destruído.
Os objetivos da defesa do casal Nardoni
Roberto Podval, que lidera a defesa do casal, afirmou ao site Metrópoles que o objetivo das recentes movimentações é obter informações para contestar a sentença.
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O Código de Processo Penal (CPP) permite a revisão criminal se novas provas de inocência surgirem; se a sentença for contrária à lei ou aos autos; ou se basear em depoimentos ou documentos falsos.
Em 2013, a defesa apresentou um laudo de peritos dos Estados Unidos, que concluíram que Isabella não foi esganada por Nardoni ou Anna Carolina Jatobá. A perícia usou moldes das mãos dos acusados.
Neste ano, em novo exame criminológico, Nardoni reafirmou sua inocência e prometeu buscar esclarecimentos enquanto viver. Ele foi condenado a 30 anos de prisão, enquanto Anna Carolina Jatobá recebeu uma pena de 26 anos, ambos no regime aberto.