O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou à CNN que o partido não deixará de apoiar o governo Lula por causa de cargos no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios.
O dirigente partidário ponderou, no entanto, que esperava que o petista tivesse discutido com a legenda antes de decidir pelas saídas da sigla da Justiça e de Portos e Aeroportos.
“Não vamos deixar de apoiar o governo por causa de cargo. São razões políticas que nos levam a apoiá-lo. Enquanto houver razões, apoiaremos. Só é estranho que sejam feitas mudanças sem chamar o partido para uma conversa. Não é o esperado”, afirmou.
No ano passado, o ex-governador de São Paulo Márcio França foi deslocado de Portos e Aeroportos para Empreendedorismo. E agora Flávio Dino será substituído por Ricardo Lewandowski no comando da Justiça.
Lula efetivou as mudanças sem tratar com Siqueira, o que gerou mágoas entre integrantes do partido. Até o momento, aliás, o petista não apontou uma solução para que a legenda recupere seu espaço no primeiro escalão.
A intenção do petista é só retomar o assunto no final de fevereiro, após a posse de Dino como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). A cerimônia foi marcada para 22 de fevereiro.
A intenção do presidente, de acordo com assessores do governo, é também colocar na mesa de negociação as alianças municipais entre as duas siglas para a disputa eleitoral deste ano.
O PSB quer o apoio do PT em pelo menos três capitais estaduais: Recife, Curitiba e São Luís. O PT está disposto a apoiar a sigla em Recife e São Luis, mas Curitiba ainda está em discussão.
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