Ricardo Cappelli, ministro em exercício da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta terça-feira (26) que “não há preocupações até o momento” sobre a segurança em Brasília durante os eventos previstos para o dia 8 de janeiro de 2024.
A fala aconteceu depois de uma reunião para organizar a segurança para as festividades planejadas para o dia.
“Foi uma reunião de integração, de troca de informações, uma vez que haverá um ato histórico no 8 de janeiro, um ato de celebração com autoridades de todo o Brasil. Não há nada que gere preocupações neste momento”, disse Cappelli a jornalistas. “Até agora, não há sinal de nada fora do normal.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer fazer um grande evento na data que marca um ano da invasão das sedes dos Três Poderes, com a presença das principais autoridades da República. O objetivo do ato simbólico previsto para acontecer no Congresso Nacional é evitar que o caso seja esquecido.
Para garantir as normalidades durante o dia 8 de janeiro, o ministro em exercício esteve reunido com representantes das forças de segurança dos Três Poderes e do Distrito Federal.
Estiveram no encontro Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Legislativa, segurança do Supremo Tribunal Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Esta foi a primeira reunião para tratar do esquema de segurança do evento. Na próxima quinta (4), Cappelli assina o plano de ações integradas definindo as responsabilidades de cada uma das forças de segurança reunidas para a garantia da tranquilidade.
Segundo o ministro em exercício, há um monitoramento da pasta de Justiça e Segurança Pública de possíveis atos e manifestações mais violentas, mas, no entanto, não foi detectado nada que possa preocupar a integridade dos prédios e das autoridades da República.
Não há, até o momento, a previsão de que Esplanada dos Ministérios seja integralmente fechada no dia 8 de janeiro. O isolamento deve acontecer apenas nas vias mais próximas ao Palácio do Congresso Nacional, onde se concentra o evento principal da data.
“Não está no horizonte neste momento o fechamento da Esplanada. A partir de agora acontecem reuniões técnicas, até fechar o plano no dia 4. O que vamos monitorar são atos que ameacem os poderes”, afirmou Cappelli.
Na mesma coletiva de imprensa, o ministro da Justiça em exercício comentou a prisão no domingo (24) de Luis Antonio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.
Cappelli afirmou que a prisão de Zinho não significa que a organização criminosa a qual ele comandava acabou, mas, sim, que a PF tem em mãos novas possibilidades de investigação.
“A prisão de um líder de uma organização criminosa [Zinho] não encerra o trabalho. Pelo contrário, abre novas possibilidades de investigação. Líderes são rapidamente substituídos. Temos que desmontar as conexões políticas e financeiras da organização criminosa para devolver a autoridade sobre o território ao Estado”, disse.
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