O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a aliados que Ricardo Lewandowski é mesmo o nome que gostaria de ter no comando do Ministério da Justiça.
O presidente e o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) estarão juntos nesta segunda-feira (8) em Brasília, quando acontecem os eventos para marcar um ano dos atos de 8 de janeiro, ampliando as especulações sobre a sucessão de Flávio Dino no comando da pasta.
Lula, segundo fontes próximas, não tem demonstrado preocupação com as reticências manifestadas nos bastidores por Lewandowski sobre a possibilidade de assumir a Justiça.
A interlocutores, o ex-ministro do STF tem relatado que entende que cumpriu um papel importante na vida pública e que estaria satisfeito com a possibilidade de atuar na iniciativa privada. Mas há no governo o entendimento de que um eventual convite de Lula para que Lewandowski assuma a Justiça seria “irrecusável”.
“Será embalado na ideia de que se trata de uma missão. Não se recusa uma missão dada por um presidente da República”, disse à CNN uma fonte próxima de Lula.
A sinalização de que terá uma conversa com Lewandowski foi feita pelo presidente a pelo menos três aliados, confirmaram mais cedo o âncora Gustavo Uribe e a analista Thais Arbex.
Oficialmente, entretanto, não há encontro marcado. Ainda assim, há a expectativa de que os dois acabem tratando do tema em Brasília ao longo do dia. Lula tem indicado a aliados que gostaria de anunciar logo o novo nome para a Justiça. Mas, se necessário, utilizará o tempo de que dispõe até fevereiro, quando Dino assume no STF.
Se a articulação em torno de Lewandowski não vingar, líderes do PT mantêm na manga o nome de Wellington César Lima e Silva, hoje secretário especial de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, como uma das alternativas mais concretas.
O secretário é ligado ao senador Jaques Wagner e tem bom trânsito no partido. Seria uma opção mais palatável para o PT que a permanência de Ricardo Capelli, secretário-executivo da Justiça.
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