Sete meses após o fechamento por conta da enchente que assolou o Rio Grande do Sul, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) reabriu as portas na última sexta-feira (6).
Situado na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, o museu voltou à cena artística e cultural da cidade de modo parcial.
Trabalhos de reformas e de qualificação do local estão em andamento e vão prosseguir ao longo de 2025, o que envolve reformas na estrutura do prédio, restauração de obras e a criação de uma nova reserva técnica para o acervo.
Para marcar a nova fase, uma exposição que aborda as consequências da enchente no museu segue até 9 de março de 2025. A mostra reúne mais de 100 obras de mais de 60 artistas, incluindo objetos, fotos e trabalhos diversos.
Batizada de “Post scriptum — Um museu como memória”, a exposição serve de contexto para narrar e mostrar as medidas preventivas, o impacto dos danos e as ações de recuperação da enchente no museu, cujo andar térreo ficou inundado durante mais de três semanas.
A exposição
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Exposição reúne fotos, trabalhos artísticos e objetos relacionados às consequências da enchente de 2024 juntamente com itens históricos • Isabela Giongo
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Exposição fica em cartaz até março de 2025 • Isabela Giongo
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Detalhes do interior do MARGS durante a noite de reabertura, em 6 de dezembro de 2024 • Solange Brum
A nova mostra ocupa o 1º andar expositivo do prédio e é apresentada em cinco seções temáticas, pensadas de maneira interligada.
Com entrada gratuita, os visitantes podem ver registros relacionados às consequências da enchente no museu por meio de fotografias, vídeos e objetos, a maior parte inédita. Complementam a experiência materiais históricos, como imagens de época e textos de pesquisa, relacionados aos aterramentos do Guaíba e às cheias históricas anteriores.
A mostra também traça um diálogo com obras do acervo, incluindo itens afetados e que foram recuperados. Entre as obras expostas, aparecem artistas como Alfredo Volpi, Eliseu Visconti, Glauco Rodrigues, Pedro Weingärtner, Tarsila do Amaral, Edgar Koetz e Túlio Pinto, para citar alguns.
Recuperação do museu
Foram investidos R$ 5,6 milhões para as ações iniciais do museu. Segundo a administração do MARGS, a reabertura parcial também envolve a reimaginação do uso dos espaços físicos e da operação do museu, com atualizações e mudanças previstas para os próximos dois anos.
Durante a enchente, o térreo foi atingido, área que abrigava boa parte da operação interna, incluindo computadores, equipamentos e mobiliários, assim como o bistrô do museu.
Com a inundação, cerca de quatro mil itens do acervo foram afetados por exposição à água e à umidade, em especial gravuras, fotografias e desenhos.
Volta do Aeroporto Salgado Filho
Principal porta de entrada para o estado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital gaúcha, retomou as operações em 21 de outubro após cinco meses sem receber voos comerciais.
A retomada integral das operações está prevista para 16 de dezembro, quando a pista será totalmente liberada, incluindo voos internacionais.
A reabertura do aeroporto auxilia não somente a chegada de visitantes a Porto Alegre como também facilita a ida a outros destinos turísticos concorridos do Rio Grande do Sul, a exemplo de Gramado, na Serra Gaúcha, que sedia o evento “Natal Luz” até 19 de janeiro.
“Post scriptum — Um museu como memória” – Exposição de reabertura do MARGS
Praça da Alfândega, s/n° – Centro Histórico, Porto Alegre – RS, Brasil / Visitação de terça a domingo, 10h às 19h (último acesso 18h) / Entrada gratuita / Tel.: +55 (51) 3286-2597 / Mais informações no site e no Instagram.
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