Uma mulher foi detida no Rio de Janeiro nesta terça-feira, 16, depois de levar um cadáver a uma agência do Itaú Unibanco numa tentativa de assinar um empréstimo de R$ 17 mil. Identificada como Érika de Souza Vieira, ela já recebeu cerca de R$ 30 mil em benefícios sociais.
Érika foi inscrita no Bolsa Família de 2013 a 2021 e teve o seu benefício interrompido por não se encaixar nas regras exigidas pelo governo. Durante os oito anos, foram embolsados R$ 22 mil na renda da mulher.
Além do programa de assistência social, ela recebeu cerca de R$ 7,5 mil no ano de 2020. O valor foi pago em nove parcelas do Auxílio Emergencial, um programa de renda mínima criado pelo governo federal durante a pandemia do coronavírus. Ao aportar os dois benefícios simultaneamente, Érika chegou a receber R$ 1,2 mil por mês.
Entenda o caso da mulher que levou cadáver em banco do Rio de Janeiro
Nesta terça-feira, 16, uma mulher levou um cadáver para tentar assinar um empréstimo de R$ 17 mil na unidade do Itaú Unibanco em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Os funcionários do local chamaram a polícia depois de se assustarem com a figura gélida do senhor, identificado como Paulo Roberto Braga.
Braga foi levado por Érika para assinar um empréstimo de R$ 17 mil. Segundo o delegado, o homem já estava morto quando chegou ao banco.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver a mulher tentando erguer a cabeça do cadáver e tentando fazê-lo assinar o documento. “Tio, está ouvindo?”, perguntou a mulher, que se identificou como sobrinha e cuidadora. “Se o senhor não assinar, não tem como.”
O Itaú Unibanco afirmou que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência assim que identificou a situação. Em entrevista à TV Globo, a equipe médica confirmou que a morte tinha acontecido horas antes.
Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoellie