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‘Mudanças climáticas — O alarde continua’

No dia 19 de junho de 2024, o grupo da Climate Intelligence (Inteligência Climática) abriu espaço para que o professor aposentado Dr. Ole Humlum proferisse uma palestra via remota. Na ocasião, ele apresentou as informações mais recentes sobre o “estado climático” mundial. Mais uma vez, não se observou nada de anormal.

O professor Ole Humlum atualmente é professor emérito de geografia física na Universidade de Oslo Noruega e dirige a empresa de consultoria Arctic Historical Evaluation and Research Organisation (Organização de Avaliação e Pesquisa Histórica do Ártico), especializada em pesquisas do clima, geomorfologia e riscos naturais do Ártico. Sua carreira inclui a direção científica da Estação Ártica; Qeqertarsuaq; Groenlândia; professor sênior honorário na Universidade de St. Andrews, Escócia; professor associado visitante do Museu Natural das Ilhas Faroe, Tórshavn, Ilhas Faroe; e professor titular de geografia física no Centro Universitário de Svalbard (UNIS), Svalbard, Noruega.

Já há alguns anos, o professor Humlum tem fornecido um conjunto de informações sobre temperatura do ar, temperatura da superfície e fundo oceânicos; a variabilidade do nível médio do mar e da superfície de mar congelado, ambos obtidos por satélites; energia acumulada das ocorrências de furacões dentro da Era dos Satélites; precipitação de chuvas e neve, entre outros indicadores de fenômenos meteorológicos e dados climáticos.

Os reportes do professor Humlum geralmente ocorrem no meio de cada mês, tendo em vista que ele faz uma verificação e monitoramento mensal e necessita aguardar a consolidação dos dados de cada grupo ou parâmetro. O importante é que verificamos que seus conjuntos são até bastante abrangentes, contendo indicadores atmosféricos e oceânicos baseados em observações do mundo real, e não em prospecções realizadas por modelos climáticos que cada vez mais “aquecem” a Terra sem nenhum motivo aparente.

Usando os dados meteorológicos e retirando a “matemágica” tradicionalmente utilizada nas estatísticas, o professor Ole Humlum já mira diretamente na afirmação sobre se as temperaturas globais do ar foram mesmo “as mais altas de todos os tempos”, no ano de 2023. Ele mostrou que as temperaturas estiveram elevadas entre 1,0 a 2,0oC por causa do El Niño, o fenômeno oceânico-atmosférico do Pacífico e pelo efeito do fator climático da continentalidade, no Canadá e em parte da região Noroeste da Rússia, ou seja, foi extremamente localizado. A maior parte do planeta apresentou temperaturas abaixo da média dos últimos dez anos, entre –1,0 a –3,0oC.

Como geógrafo, ele ressaltou sobre a projeção cartográfica em que se apresentam mapas temáticos térmicos na forma Mercator, cuja distorção de grande amplitude das áreas continentais, nas médias e altas latitudes no Hemisfério Norte, criam uma falsa percepção de tamanho. Isso é especialmente preocupante quando representam “calor” no Canadá e Rússia, pois dão a sensação ao observador de que as áreas quentes relatadas são maiores que as áreas frias.

Variações intersazonais e interanuais também fizeram parte da apresentação e, como de praxe, todo climatologista sério chama a atenção para que não achem que estas situações ou flutuações da “média” de algum parâmetro sejam anômalas. São, sim, inclusas na variabilidade climática como parte da dinâmica dos elementos do Estrato Geográfico — a lâmina do planeta que envolve desde os 10 km a 15 km de profundidade, como base, e tem a baixa estratosfera, por volta de 20 km a 25km de altitude, como topo, e que abrange toda a “casca” da Terra em seus mais de 510 milhões de quilômetros quadrados de área. Em resumo, tudo está em movimento e envolve o consumo de energia transformada pela diferença de potenciais que ocorrem naturalmente em grande escala. O CO2 não tem nada a ver com isso!

O professor Ole Humlum ainda trouxe informações do sistema de boias ARGO (que comemorou apenas 20 anos) e relatou que, desde o ano de 2004, os oceanos até os 1,9 mil metros de profundidade se aqueceram, em média, cerca de 0,03oC (em oceanografia, utiliza-se o centésimo de grau, dada a sua grande inércia térmica e baixíssima alteração de temperatura por extensas massas de água). Claramente que esse valor desqualifica qualquer afirmação de que os oceanos estão a “ferver”.

A sua palestra ainda abordou diversos temas detalhadamente, incluindo a natural variabilidade e intensidade dos episódios de El Niño e La Niña; que as variações das extensões de gelo marinhos do Ártico e na Antártida não são nem de longe preocupantes, especialmente que, neste último, o continente gelado apresentou um crescimento recorde de 2013 a 2015, quebrando as marcas anteriores dos anos de 1980; que não há nenhuma tendência de aumento de tempestades tropicais e furacões ao longo da série climatológica dinâmica (atente, na internet, ao canal “Tudo sobre Furacões”, do geógrafo brasileiro professor B.Sc. Marcel Ligabô, que, dos EUA, traz informações diretas e ao vivo); que não há tendências alarmantes sequer para as precipitações pelo globo e, é claro; se a insignificante contribuição humana de CO2 está realmente relacionada para a elevação de sua concentração atmosférica.

Assim, em suas conclusões, ele relata que “os dados observados não apoiam a noção de crise climática” e que todas as informações mostram que, dentro do sistema terrestre, “a temperatura da superfície do oceano controla o clima global”, tornando-se esta um dos fatores de maior peso.

Por que as mudanças climáticas são uma farsa

A nota oficial da Climate Intelligence e do próprio pronunciamento do professor Humlum deixa mais que evidente o que sempre alertamos aqui, pois usando de base estas observações diretas da variabilidade climática e oceânica, sendo preciso e bem objetivo, “não se encontraram provas de uma ‘crise climática existencial’. Essa conclusão vai contra o frenesi diário dos meios de comunicação midiático que retratam uma catástrofe climática iminente”, declaram.

Isso continua a nos mostrar que não há motivos para alarde. Curioso que, consultando um “trabalho” de 1998, o ano do “El Niño do século” (no caso, o século 20), percebemos que nunca houve motivo para isso. Quem tentou projetar este pânico foi James Hansen e outros, todos aqui adeptos da falácia aquecimentista, sendo Hansen, além de ativista político-ambientalista, um dos maiores apoiadores da bobagem climática.

Na ocasião, resolveram criar um índice (já falamos bastante sobre índices aqui) que avaliasse a percepção das “mudanças climáticas”. Ajudar as pessoas na sua percepção das “mudanças climáticas”? Não deveria ser o contrário? Ou o objetivo seria propagandear a “mudança climática” na mente do senso comum sobre algo terrível que não acontece, sendo própria da natureza do clima? Então, precisamos criar um índice que convença as pessoas de que elas devem sentir a “mudança climática” (por obrigação!), mesmo se as variações forem insignificantes, como os centésimos de graus Celsius medidos? Meu Deus, a imbecilidade tomou conta da humanidade! Tenha misericórdia!

Claramente não conseguiram realizar a “proeza”, tendo em vista que as variações entre uma ocorrência significativa e outra, não passavam de centésimos de graus Celsius, o que não têm sequer significado físico. Isto não cria nenhuma percepção, sendo esta conclusão confessada pelo próprio sujeito. Mas Hansen não desistiu, fazendo a sua costumeira salada estatística com temperaturas, precipitação etc., na tentativa de sensibilizar as pessoas com um resultado que não passa de um produto matemático e não algo expressivo para o mundo real.

Essa foi uma espécie de “consciência climática” que o embusteiro do Hansen queria tanto impor para toda a sociedade. Obviamente, por verificarem a irrelevância dos resultados, tal empreitada já foi abandonada há mais de 20 anos, especialmente porque os modelos climáticos esquentaram a Terra mais que ela mesma. Sempre farei a mesma pergunta: quem está errado, o clima da Terra ou os modelos climáticos?

Para encerrar, em uma de suas falas finais, nestes últimos anos de conferências, o professor Ole Humlum arremata: “O que controla a temperatura superficial dos oceanos, controla o estado do clima global”. Assim, cabe a nós focarmos as pesquisas em descobrir o que, de fato, controla tais temperaturas.

A tarefa não é tão impossível, pois tenho trazido isto em palestras que proferi já há 20 anos. A resposta que indicaria onde procurar foi dada há 33 anos por Friis-Christensen e Lassen (1991), que apontaram o Sol e seus ciclos de atividade como o principal fator de co-variação com a temperatura e indicadores para outros elementos climáticos. Não seria por menos, com mais de 319 milhões de quilômetros quadrados de oceanos e só o Pacífico sendo um terço da superfície terrestre, é bastante lógico que a zona fótica dos mares, recebendo imensa carga de radiação solar em profundidades expressivas, dessem uma resposta à altura digna da sua escala, em indicar os determinados climas da Terra.

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Via Revista Oeste

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