O Flamengo demitiu Tite nesta segunda-feira (30) após recentes resultados ruins e a consequente eliminação na Libertadores, na última semana. A troca de comando movimentou o clube, faltando pouco mais de dois meses da eleição presidencial na Gávea.
Filipe Luis foi anunciado como interino nesta segunda e deve ser efetivado para seguir até o fim da temporada. Rodolfo Landim, atual presidente, não poderá concorrer ao pleito, que ocorre no dia 9 de dezembro. Com isso, o nome do novo técnico para 2025, ou a continuidade do ex-lateral, deve ficar para o novo mandatário.
Entre os candidatos à presidência do clube, apenas Wallim Vasconcellos havia confirmado, em entrevista ao Lance!, que não renovaria com Tite caso fosse eleito. Os demais nomes adotaram o tom de neutralidade e cautela quando o assunto era comando do futebol rubro-negro em 2025.
O segundo mandato de Rodolfo Landim foi conquistado em dezembro de 2021. Na época, o atual presidente havia demitido Renato Gaúcho uma semana antes do pleito, após a derrota na final da Libertadores para o Palmeiras.
Com a vitória nas urnas, Landim deu aval para Marcos Braz e Bruno Spindel tentarem o retorno de Jorge Jesus, ídolo da torcida. A dupla chegou a viajar para a Europa, mas as conversas não evoluíram. Com isso, outro português foi escolhido para ser o técnico no início de 2022: Paulo Sousa, que estava na seleção da Polônia.
A gestão liderada por Rodolfo Landim, iniciada em 2019, foi conquistada após a Chapa Roxa bater a situação, que tinha Bandeira de Mello no comando.
Na época, o Flamengo era comandado por Dorival Júnior. O técnico chegou ao clube em setembro de 2018 com “prazo de validade”, já que seu contrato ia até o final daquele ano.
O nome preferido de Landim para o comando do futebol rubro-negro era Abel Braga. Com a vitória do empresário, Abel foi anunciado como técnico e apresentado no dia 2 de janeiro de 2019.
Não é de hoje que o assunto envolvendo treinador movimenta os bastidores do rubro-negro e deixa a torcida animada. Nomes experientes já foram usados como “trunfo” de pré-candidatos à presidência.
Em 2015, a Chapa Verde, do pré-candidato Wallim Vasconcellos, anunciou que tinha um acordo com Jorge Sampaoli, então técnico da seleção do Chile. O comandante argentinou chegou a negar o acerto e Wallim perdeu a eleição para Bandeira de Mello.
Na mesma eleição, Bandeira já tinha um acordo com Muricy Ramalho, mas apenas anunciou após a vitória nas urnas. A especulação por conta da possível chegada de Muricy incomodou o então técnico rubro-negro, Oswaldo de Oliveira, que pediu para deixar o comando faltando poucas rodadas para o fim do Brasileira.