O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu nesta quarta-feira (20) com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para tentar destravar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga integrantes das Forças Armadas a passarem para a reserva caso queiram ser candidatos em disputas eleitorais.
O governo pressiona pela aprovação da chamada PEC do Militares o quanto antes, mas tem encontrado resistência entre os senadores.
O texto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Sem acordo, no entanto, segue sem data para votação em plenário.
Apesar da pressão do governo, a oposição pretende dificultar a empreitada, conforme apurou a CNN. Antes de ir à votação serão realizados debates sobre o tema na Casa.
O texto, que tem a relatoria do senador Jorge Kajuru (PSB-ES), prevê o aumento de 25 anos no tempo de serviço exigido para que militares — do Exército, da Marinha e da Aeronáutica — possam concorrer em eleições sem perder a remuneração.
O projeto estabelece que se o militar tiver menos de 35 anos de atividade, ele irá para a reserva não remunerada no ato do registro da candidatura.
O senador general Hamilton Mourão (Republicanos-RS) é contra e vem capitaneando a oposição. Ele tem defendido um ajuste no texto com a manutenção da remuneração dos militares que quiserem se candidatar.
A resistência frustrou o governo, que previa uma tramitação relativamente tranquila.
Agora, Múcio tenta negociar com Wagner, autor da proposta, estratégias para tentar avançar com o projeto.
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