Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) tentou invadir uma propriedade privada em Candiota, no Rio Grande do Sul, entre a noite de quarta-feira 12 e esta quinta-feira, 13. Os invasores chegaram a ficar por algumas horas no local, mas decidiram sair do espaço depois de intervenção da Brigada Militar.
Integrantes do MST estão alocados em uma área no Corredor do Baú, em Hulha Negra. Com isso, moradores da região da Fronteira Oeste do Estado vivem com a tensão de que o grupo possa invadir outras propriedades privadas.
Na propriedade de Candiota, integrantes do MST chegaram a alegar ter um documento que dava direito a eles de invadir a fazenda. Proprietários da área conseguiram uma liminar para evitar que os manifestantes passassem da porteira. Apesar da confusão, a situação foi controlada posteriormente. As informações são do jornal Bagé 24h.
Na fazenda em Candiota, os invasores do MST chegaram a instalar uma espécie de “palanque”. Mais cedo, um grupo grande de manifestantes esteve no local, incluindo crianças. Houve uma breve discussão com a chegada da brigada militar, sendo seguida de um acordo para a saída de todos.
Depois do acordo com a brigada militar, os manifestantes passaram a derrubar as estruturas que tinham sido montadas no espaço. Em um dos vídeos, uma mulher chega a pedir que as crianças sejam levadas para outro local para que não se machuquem.
MST tem plano de invasão frustrado
Para o presidente da Frente Parlamentar Invasão Zero (FPMIZ), deputado Luciano Zucco (PL-RS), a rápida mobilização dos produtores rurais em parceria com a Brigada Militar “frustrou o plano dos invasores” no município de Candiota.
Zucco afirmou que há meses a região da Fronteira Oeste vive momentos de inquietação e apreensão em decorrência do acampamento do MST no município vizinho de Hulha Negra.
“É lamentável que o produtor rural tenha que manter uma vigília para monitorar a ação de criminosos”, disse. “Por isso a importância de avançarmos com projetos que aumentam as penas para esse tipo de crime, como o projeto que aprovamos recentemente na Câmara e que agora está no Senado, que exclui os invasores do cadastro de beneficiários do Bolsa-Família.”