O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma carta na sexta-feira, 24, pressionando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a assentar 100 mil famílias em todo o Brasil.
O grupo invasor criticou a administração petista e contestou os dados de assentamentos divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além disso, o movimento também criticou o Congresso Nacional pela “atuação perversa em defesa do agronegócio”.
A carta, assinada pela coordenação nacional do MST, foi emitida depois de uma reunião de quatro dias em Belém (PA). O grupo alega que há uma “paralisação da reforma agrária” no atual governo, desafiando a eficácia de uma das principais bandeiras históricas do partido.
MST contesta informações do governo Lula
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, liderado por Paulo Teixeira (PT), afirmou que 71,4 mil famílias foram assentadas ao longo de 2024. No entanto, o MST contesta esses números, alegando que não houve novos assentamentos criados em 2024.
Segundo o movimento, das famílias que o governo considera “assentadas”, apenas 38,9 mil passaram por um processo de regularização, o que o MST não reconhece como assentamento.
A carta também afirma que há “necessidade” de demarcar terras indígenas e reconhecer territórios quilombolas.
Críticas ao Congresso
O MST alega que a maioria do Congresso defende o agronegócio e faz do Poder Executivo “seu refém”, removendo e impedindo o avanço de políticas sociais.
O documento também expressa solidariedade a países como Cuba e Venezuela, além da Palestina, demonstrando um alinhamento ideológico.
Em janeiro, uma delegação do movimento participou da cerimônia de posse do ditador Nicolás Maduro na Venezuela.