O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu, nesta quinta-feira, 13, a Prefeitura de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o grupo, a ação faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres Sem Terra 2025. Participaram da invasão integrantes do movimento das cidades gaúchas de Manoel Viana, Alegrete, São Gabriel e Santana do Livramento.
MST realiza protestos por todo país
O grupo invadiu o salão da prefeitura para entregar pautas relacionadas ao MST. Neste mês, o movimento tem realizado protestos por todo o país. O grupo denuncia o que chama de “violência do agronegócio”.
O MST também afirma que os agricultores “expropriam corpos e territórios, envenenam povos e terras e mercantilizam alimentos”. O grupo também afirma que o agronegócio “tem secado os rios, aprofundado as desigualdades e agravado as crises ambientais”.
Prefeita recusa propostas do movimento
No entanto, o MST alega que a prefeita de Santana do Livramento, Delegada Ana Tarouco (PL), recusou as propostas. A atual chefe do Executivo municipal derrotou o ex-candidato petista Aquiles Pires nas últimas eleições municipais e conquistou a reeleição.
Delegada da Polícia Civil, Ana Tarouco já atuou como escrevente no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Além disso, atua como professora na Academia da Polícia Civil no Estado gaúcho e em Brasília. Ela também é instrutora de tiro, credenciada pela Armas e Táticas Especiais (Swat), dos Estados Unidos.
Lula e o MST
Enquanto prefeitos de diferentes cidades lutam contra as invasões do MST, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma apoio ao movimento.
Na última sexta-feira, 7, por exemplo, o petista disse que não esquece de seus “amigos” do MST. O presidente deu a declaração durante uma solenidade de reforma agrária. O evento ocorreu em Campo do Meio, no sul de Minas Gerais.
Nesta quinta-feira, o governo Lula enviou ao Congresso Nacional um pedido de alteração do projeto do Orçamento de 2025. O objetivo é incluir gastos com o MST, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo.
Lula planeja destinar R$ 750 milhões ao movimento, divididos entre R$ 400 milhões para a aquisição de alimentos da agricultura familiar e R$ 350 milhões para o Fundo de Terras e da Reforma Agrária.
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