O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, associou a ex-deputada María Corina Machado a um “ataque hacker” aos sistemas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), nesta segunda-feira, 29.
“Segundo a informação que recebemos, o principal envolvido nesse ataque seria o cidadão Lester Toledo, tristemente célebre fugitivo da Justiça que se encontra no exterior”, disse Saab, sem provas, durante uma coletiva, ao mencionar a Macedônia do Norte como origem do ato. “Junto a ele, aparecem como envolvidos o foragido Leopoldo López e María Corina Machado. Os fiscais estão recolhendo os elementos de convicção dessas ações que tentaram adulterar os resultados.
Durante a apuração dos votos da disputa eleitoral, o CNE interrompeu a contagem, em virtude do que seria um atentado cibernético. Horas depois do ocorrido, o Conselho divulgou os resultados que mostraram Maduro com mais de 50% dos votos, contra quase 45% do adversário, o ex-diplomata Edmundo González.
Mesmo com o comunicado do CNE, María Corina declarou González o presidente eleito da Venezuela. Conforme a ex-deputada, a oposição obteve aproximadamente 70% dos votos no país.
“MPF” da Venezuela anuncia investigação contra María Corina
Além de associar María Corina ao suposto ataque, Saab anunciou a abertura de um inquérito contra a líder da oposição, por “fraude eleitoral”. Corina teria também tentado “adulterar as atas” das seções eleitorais, que são como boletins de urna do Brasil.