A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná defendeu, nesta quinta-feira (14), a cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR) e de seus suplentes pela prática de abuso de poder econômico, na ação proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), sobre as eleições de 2022.
O pedido, assinado pelos procurares regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, diz que a “lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente
comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”.
À CNN, Bruno Cristaldi, advogado do PL do Paraná, diz que “com o reconhecimento das ilicitudes pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná as chances de Sérgio Moro — e seus suplentes — escapar impune, mesmo no TRE-PR, praticamente se desintegraram.”
Segundo os reclamantes, a chapa de Moro causou desequilíbrio eleitoral.
Isso teria ocorrido desde a filiação partidária do ex-juiz ao Podemos, em novembro de 2021, com o lançamento de sua pré-candidatura para a Presidência da República até o momento de sua eleição para o Senado pelo União Brasil.
O argumento das partes é de que Moro usou “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de senador”.
Compartilhe: