quarta-feira, novembro 13, 2024
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Motorista mandou vídeo para a mulher depois de ser baleado em aeroporto

Celso Araújo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo de 41 anos, enviou um vídeo a sua mulher depois de ter sido baleado no ataque contra um delator do PCC no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde da última sexta-feira, 28. O vídeo foi obtido pela Folha de S.Paulo.

O motorista gravou um vídeo para a mulher enquanto estava na ambulância, comunicando o ferimento sofrido durante o ataque do PCC. Celso Novais estava internado em um hospital da cidade, mas morreu na noite deste sábado, 29, um dia depois de ser atingido.

O motorista foi atingido no mesmo ataque que vitimou o empresário Antonio Vinicius Gritzbach, de 38 anos. Neste domingo, 10, familiares de Celso Novais, incluindo sua mulher, Simone Dionízia Fernandes Novais, foram ao Instituo Médico Legal (IML) de Guarulhos.

Motorista ficou inconsciente depois de ataque do PCC

Ao jornal Folha de S.Paulo, Simone relatou que tentou contatar o marido depois de receber o vídeo do ataque do PCC, mas não conseguiu. Um amigo que o acompanhou na ambulância informou-a sobre os acontecimentos.

Ao chegar ao hospital, Celso Novais estava inconsciente. Simone compartilhou com a Folha a rotina de trabalho do marido, que começava às 7h e terminava por volta das 22h. “Tinha que brigar com ele para voltar”, relatou. “Às vezes nem comer ele comia, ligava para saber se havia almoçado”.

A vítima justificava o excesso de trabalho pela necessidade de pagar contas. Ele trabalhava como motorista há dez anos. O filho mais novo, adotado aos seis meses, era muito apegado ao pai, descrito como “amor de alma”.

Simone recordou a alegria do marido, especialmente ao cozinhar, algo que a família aguardava. “Ele adorava cozinhar, a gente fazia festa”, disse. O local do ataque era o preferido de Novais por ser estratégico para captar passageiros, próximo ao portão dois.

A irmã de Novais, Juliana Araújo Sampaio de Novais, soube do ocorrido assistindo à TV e logo se preocupou, sabendo que ele costumava trabalhar naquela área. Ela e a mãe enfrentaram uma longa viagem de ônibus, mais de vinte horas.

Juliana lamentou a falta de apoio do poder público: “Não recebi nenhum telefonema”, afirmou Simone, destacando o foco na morte de Antonio Gritzbach, enquanto Celso Novais permanecia internado.



Via Revista Oeste

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