Tudo sobre Elon Musk
Apesar de terem sido considerados bem sucedidos pela empresa, os 3 voos realizados até agora pela Starship, da SpaceX, terminaram em explosão. O quarto teste do maior foguete da história está marcado para daqui a uma semana e os experimentos preliminares também terminaram da mesma maneira.
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Segundo informa o site especializado NASASpaceflight, uma bancada de testes da SpaceX nas instalações da empresa em McGregor, no Texas, pegou fogo durante uma simulação de lançamento utilizando os motores Raptor.
O caso é do dia 23 de maio e foi divulgado pela imprensa internacional. A própria SpaceX, no entanto, não se manifestou oficialmente.
Veja o que aconteceu:
De acordo com a NASASpaceflight, o motor Raptor tinha uma anomalia que fazia com que vapores vazassem, o que levou a uma segunda explosão, que incendiou toda a plataforma, deixando o local coberto por uma nuvem de fumaça.
A SpaceX usa os motores Raptor no propulsor Super Heavy – a parte debaixo da Starship, que se solta dele e que teria potência para levar a espaçonave para a Lua ou até Marte.
Esse motor funciona à base de metano líquido e oxigênio líquido. Especialistas acreditam que a mistura dos gases devido ao vazamento ou alguma anomalia semelhante pode ter causado a explosão. Mas, vale repetir, que a empresa de Elon Musk não deu nenhuma explicação oficial, ou seja, isso é especulação.
O quarto voo da Starship
- A nova empreitada da companhia de Elon Musk está marcada para o dia 5 de junho.
- A SpaceX ainda espera uma autorização da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, mas isso deve acontecer – normalmente a aprovação vem algumas horas antes do lançamento apenas.
- Especialistas afirmam que essa explosão do motor não deve afetar a janela de voo.
- Os principais objetivos da SpaceX para o quarto teste são: 1) garantir que o propulsor Super Heavy tenha um pouso suave no Golfo do México; e 2) conseguir uma entrada controlada da espaçonave Starship.
- A empresa disse que fez diversas atualizações de hardware e software para incorporar o que aprendeu em seu terceiro teste.
- Na experiência anterior, a Starship ficou no ar por 50 minutos, alcançou o espaço durante o voo e conseguiu se separar do propulsor.
- A espaçonave, porém, queimou na atmosfera após a reentrada, enquanto o Super Heavy se quebrou nas fases finais da descida, em vez de cair suavemente no oceano.
Um método diferente
Muita gente se pergunta por que a SpaceX considera os seus testes bem sucedidos, mesmo com a explosão ao final de todos eles. Existem duas explicações para isso – e elas passam necessariamente pelo dinheiro de Elon Musk.
Primeiro, é importante destacar que a companhia opera com recursos próprios, diferente de várias outras, que utilizam fundos de contribuintes. Ou seja, como a grana é do próprio Musk – e ele toma as decisões de lançamento -, explodir um foguete caríssimo não se torna uma crise imediata.
Além disso, a SpaceX atua a partir de um conceito chamado processo iterativo, que consiste em testes sucessivos em um ritmo acelerado, mesmo que deem errado. A ideia é sempre aprender alguma coisa e melhorar para a próxima.
A cada teste, “aprendemos algo novo”, declarou Musk em um discurso aos funcionários em janeiro. “É sempre melhor sacrificar material do que sacrificar tempo”, acrescentou.
Essa é a mentalidade de Musk, para quem dinheiro não é um problema. O objetivo principal dele é chegar a Marte primeiro – e até colonizar o novo planeta.
Quem também está de olho na SpaceX é a Nasa, que pode utilizar a Starship para ir à Lua na missão Artemis 3, em 2026.
Dentro dessa lógica do processo iterativo, Elon Musk já disse esperar que o foguete Starship faça “mais seis voos este ano”.
As informações são do Engadget.