A morte de seis reféns em Gaza, assassinados pelo Hamas, segundo o governo israelense, levou a uma greve geral em Israel nesta segunda-feira, 2. Os corpos foram resgatados no domingo 1º pelas Forças de Defesa de Israel e geraram protestos ainda no domingo.
Nesta segunda, há paralisações e outras interrupções em várias localidades do país, inclusive no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel-Aviv, embora algumas companhias não tenham aderido à greve.
O governo de Israel alega que há motivação política para a greve e pediu que a Justiça intervenha, declarando a paralisação ilegal.
Segundo agências internacionais, o protesto de domingo teria sido a maior manifestação desde o início da guerra, com organizadores estimando participação de aproximadamente 500 mil pessoas.
Parte dos manifestantes culpa o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, dizendo que os reféns poderiam ter sido devolvidos vivos se houvesse um acordo com o Hamas. Essas pessoas foram sequestradas pelos terroristas em 7 de outubro do ano passado, durante o maior ataque terrorista contra o território de Israel. Mais de 250 pessoas foram sequestradas.
Greve em Israel tem adesão restrita
Depois dos protestos, o maior sindicato de Israel, o Histadrut, convocou uma greve geral na segunda-feira, a primeira desde o início da guerra. O objetivo é fechar ou interromper os principais setores da economia, incluindo bancos, assistência médica e o principal aeroporto do país.
Companhias aéreas do principal aeroporto internacional de Israel, o Ben-Gurion, interromperam o check-in e a partida de voos de saída pela manhã, entre as 8h e 10h (horário local), remarcando as viagens e mantendo apenas operações normais para voos de chegada, de acordo com a Autoridade de Aeroportos de Israel.
Entre outros setores, o Histadrut disse que os bancos, alguns grandes shopping centers e escritórios do governo estavam aderindo à greve, assim como alguns serviços de transporte público, embora não parecesse haver grandes interrupções.
Mas outros grupos não aderiram à greve e apoiam a estratégia de Netanyahu de manter uma pressão militar implacável sobre o Hamas. Eles dizem que isso acabará forçando os militantes a cederem às exigências israelenses, facilitando potencialmente as operações de resgate e, por fim, aniquilando o grupo.
A mídia israelense informou que o Estado recorreu a um tribunal trabalhista para cancelar a greve, dizendo que ela tinha motivação política.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado