quarta-feira, dezembro 4, 2024
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Morre o físico Rogério Cerqueira Leite aos 93 anos

No último domingo (1º) faleceu o físico Rogério Cerqueira Leite, aos 93 anos. O enterro foi no Cemitério Parque Flamboyant, em Campinas (SP).

O cientista era Presidente de Honra e Presidente do Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e uma das personalidades centrais para a consolidação e avanço da ciência, tecnologia e inovação no Brasil.

Carreira e legado

Leite se formou pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e era professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp), além de ter lecionando na Universidade de Paris (Sorbonne).

Na década de 1980, ajudou a viabilizar o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ao defender e influenciar o projeto e a construção da primeira fonte de luz síncrotron do Hemisfério Sul. Esse tipo de luz ajuda na investigação da composição e da estrutura da matéria, o que pode ser usado em diversas áreas do conhecimento científico.

Ele também foi pioneiro no uso de laser na medicina brasileira, entre outras iniciativas. Para além da física e engenharia de aceleradores, Leite endossou a criação de outros Laboratórios Nacionais no CNPEM, apoiando avanços nas áreas de biociências, nanotecnologia e biorrenováveis. Ainda idealizou a Ilum – Escola de Ciência do CNPEM, um curso de bacharel em Ciência e Tecnologia, que adota um modelo educacional inovador e interdisciplinar.

Durante os dois primeiros mandatos de Lula como presidente do Brasil, Leite foi coordenador de diversos estudos sobre a a expansão da produção e uso do etanol brasileiro, que defendia a autonomia nacional desse combustível em relação ao pré-sal. A produção científica foi encomendada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do governo federal à Unicamp.

Repercussão

Luís Inácio Lula da Silva lamentou a morte do cientista em seu X (antigo Twitter). “Foi um dos nossos maiores cientistas e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa e avanços da ciência no Brasil”, disse o presidente.

Além dele, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também soltou uma nota de pesar a morte do professor: “Sua dedicação ao ensino, à pesquisa e à inovação fez dele um exemplo de comprometimento com o desenvolvimento do País. Seu falecimento representa uma grande perda para a comunidade científica nacional e internacional”.

*Com informações da Agência Estado e da assessoria de imprensa do CNPEM

Via CNN

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