Morreu nessa quarta-feira (20) Durval de Moraes, mais conhecido como Mão de Onça, ex-goleiro icônico do Juventus-SP que teve a carreira marcada por sofrer o gol mais bonito de Pelé.
Ele tinha 92 anos e foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) em São Paulo. Mão de Onça vivia em Itu, no interior paulista, onde nasceu. Ele também teve passagens pelo Ituano e pelo São Paulo.
O Juventus publicou nota de sentimentos e solidariedade à família. O Ituano Futebol Clube, da cidade de Mão de Onça, também publicou uma nota de pesar, reverenciando a atuação do goleiro pelo extinto CA Ituano. Pelo clube, foi bicampeão do interior em 1953 e 1954. Durval será sepultado no Cemitério Municipal de Itu, nesta quinta-feira.
Também na quarta (20), o Juventus perdeu Ary Sanches, cantor da Jovem Guarda e interprete da versão oficial do hino do clube. Ele tinha 80 anos, lutava contra um câncer de pulmão e estava internado no Hospital da Prevent Senior, na Mooca.
Em 2 de agosto de 1959, o Juventus enfrentou o Santos no Conde Rodolfo Crespi, o estádio lendário da Rua Javari, em São Paulo.
Em um dos ataques do Santos, Pelé recebeu cruzamento vindo da direita. Ele dominou a bola já aplicando um chapéu no primeiro marcador. Na sequência foram mais dois chapéus contra outros dois zagueiros e um no goleiro Mão de Onça.
Por fim, o Rei cabeceou para o fundo das redes. A partida terminou 4 a 2 para o Santos. O lance não foi registrado em vídeo, mas foi capturado por fotógrafos. No filme Pelé Eterno, de 2004, dirigido por Anibal Massaini Neto, foi feita uma reprodução digital do gol.
O tamanho do feito é ilustrado pelo fato de que o próprio Juventus homenageou o lance. Há um busto de Pelé na entrada do Estádio da Rua Javari, enaltecendo o gol do Rei contra o time. A estátua foi inaugurada em 2006. Pelé morreu no ano passado e sempre se lembrou desse gol.
*Com agências