A defesa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) anexou uma tabela em suas alegações finais para “desinflar” e “desmitificar” seus gastos de campanha no processo de cassação de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), conforme documento que a CNN teve acesso.
No material, o senador informa que foram gastos R$ 1.891.349,73 na pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos entre novembro de 2021 e março de 2022.
Outros R$ 1.829.187,69 foram desembolsados pelo União Brasil na pré-campanha a senador ou deputado federal por São Paulo abril de 2022 e junho de 2022. E R$ 2.319.157,31 na pré-campanha do União Brasil a senador pelo Paraná entre junho de 2022 e agosto de 2022.
O argumento da defesa é que as pré-campanhas à Presidência e ao Senado em São Paulo foram interrompidas à revelia da vontade de Moro e que não trouxeram benefícios a ele na disputa no Paraná.
Além disso, muitos gastos não teriam sido individualizados, mas feitos em viagens para encontros do partido ou outros eventos coletivos.
Mesmo os mais de R$ 2 milhões que constam como pré-campanha ao Senado no Paraná só poderiam ser parcialmente contabilizados, na visão da defesa.
Constam da planilha monitoramento de redes sociais para diferentes candidatos, segurança e transporte não exclusivos, passagens para evento de campanha da candidata à Presidência do partido, Soraya Tronicke, entre outros.
Por conta disso, Moro solicita aos juízes que considerem apenas 2,34% dos mais de R$ 6 bilhões da pré-campanha que foram levantados pelos partidos que pedem sua cassação, o PT de Lula e o PL de Bolsonaro.
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