O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido realizado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de adiar o depoimento dele na Polícia Federal (PF) sobre a investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado.
O depoimento está marcado para esta quinta-feira (22). Moraes determinou que a PF mantenha a data da oitiva.
Nesta terça-feira (20), a defesa do ex-presidente pediu a Moraes, relator da apuração no Supremo Tribunal Federal (STF), que Bolsonaro seja dispensado do comparecimento pessoal na PF.
No pedido, os advogados entenderam que não tiveram “acesso integral” a elementos da investigação, “impossibilitando o exercício pleno da ampla defesa”.
Ao recusar o pedido de Bolsonaro, Moraes ressaltou que os advogados já tiveram acesso integral aos elementos de investigação, incluindo a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
“[A defesa] insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral à todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos e que não há motivos para qualquer adiamento do depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo”, afirma a decisão.
Além do ex-chefe do Executivo, também serão ouvidos, simultaneamente, outras 13 pessoas, ente elas os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres.
A defesa de Bolsonaro disse que ele ficará em silêncio no depoimento da PF.
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